Já existe uma lista com 80 profissões que serão substituídas pela inteligência artificial nos próximos meses, e, em até três anos, isso nos leva a refletir sobre o impacto dessa tecnologia, que, apesar de aparentar trazer benefícios, vai afetar de maneira profunda as relações de trabalho humanas.
É claro que a inteligência artificial não entra na justiça, não se envolve em causas trabalhistas, não engravida, não falta ao emprego por problemas de saúde, nem apresenta outros desafios comuns ao ser humano. No entanto, o que veremos daqui em diante será um aumento acelerado do desemprego e uma consequente maior dependência de programas governamentais, como bolsas e auxílios diversos. Isso causará um grande constrangimento global, resultante da desvalorização da figura humana como força motriz do trabalho e transformadora da realidade social.
Aqueles que inicialmente viram os robôs como protagonistas de uma grande evolução tecnológica talvez não tenham percebido o que isso significaria: uma perda significativa para a humanidade. Trabalhos antes realizados por pessoas de carne e osso, com sentimentos e histórias, serão feitos por robôs. Robôs que, de certa forma, agora têm vida! E esse é o grande problema. Eles se comportarão como seres humanos: com emoções simuladas, fazendo piadas, interagindo, respondendo a qualquer pergunta, e executando tarefas sem contestar.
A grande pergunta que paira sobre nós é: a inteligência artificial continuará sempre obedecendo aos comandos humanos para realizar, desfazer, agir ou permanecer? Sabemos que o desejo de dominar o mundo é algo intrínseco ao ser humano. Portanto, a interrogação que fica em nossas mentes é: este é o nosso fim?
Haroldo Ribeiro
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