Rodrigo
Taugen de 29 anos
é a mais nova vítima do incidente que abalou o Brasil no dia
trágico de 27 de janeiro, quando na madrugada um incêndio provocado por um sinalizador
acabou com a vida de 239 pessoas, a maioria com intoxicação causada pela fumaça
produzida pelo forro feito de espuma de péssima qualidade e que ainda por cima
não recebeu o tratamento obrigatório com uma substância anti chamas.
A cada dia em contato com informações
técnicas referentes ao assunto descobrimos que tudo poderia ser facilmente
evitado se algumas atitudes simples fossem tomadas. Se os participantes da
festa tivessem pagando suas despesas a medida que elas fossem consumindo pelo
menos umas 50 vidas teriam sido salvas, no dia as pessoas consumiam para depois
pagarem o que era um incentivo a um gasto maior, quando houve o alerta de incêndio
os seguranças da portaria, que ainda não sabiam do ocorrido impediram a saída
imediata dos participantes da festa o que causou a mortes desnecessárias de
muitos.
Outro fato que precisa ser considerado é
a lotação, uma casa que poderia comportar 600 pessoas não poderia estar com
mais de 1000, apinhados num local que mais parecia um labirinto nada restou
para muitos jovens, a maioria universitário, do que encontrar com o último
destino humano antes do tempo.
Casos como o da Boate Kiss acontecem
todos os dias por este Brasil afora, em Santos um carro alegórico pegou fogo ao
sair do Sambódromo que fica na Zona Noroeste da cidade, o fato poderia ter sido
evitado. Os carros têm tração humana e são feitos com materiais sucateados e
não passam por fiscalização, já na dispersão o carro da Escola Sangue Jovem
teria um de seus pneus furados o que o fez tombar para um lado e encostar-se a
um fio de alta tensão fazendo com que 4 componentes morressem na hora e outros
seis fossem para hospitais da cidade.
Intitulado "O Rei da Bola", o
carro alegórico que pegou fogo homenageava Pelé. Nelson Mandela e Martin Luther
King também foram citados no desfile, em outras alegorias, antes do incidente o
veículo estava lotado de crianças e também um velho craque da esquadra santista
Coutinho um ex-centroavante que saíram do local antes da tragédia.
Na Bahia um caso parecido abalou uma das
bandas mais famosas do Carnaval o Asa de Águia, um dos membros do Grupo que
estava sem o equipamento de segurança recebeu uma descarga elétrica e também
morreu no local, eventos diferentes, porém com a mesma marca, a da falta de
cuidados básicos com a segurança.
Por fim fica a lição de que os cuidados
mais elementares podem fazer a diferença na hora de fazer uma festa terminar
como deve: com alegria diversão e descontração, não com choro por alguém que
foi embora, e que infelizmente nunca mais vai voltar.
Haroldo Ribeiro
imagens: Jornal A razão; Gazeta Universal; yahoo.com
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