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EDIÇÃO EXTRA

                O Senhor Milton Souza recebeu de volta sua vida por um milagre de Deus. Como relatamos na matéria A dura imagem das estradas do Amazonas em que uma ponte de mais de 100 metros simplesmente se partiu deixando um motorista experiente e sua mulher nos braços da morte, nesse episódio ele foi o maior protagonista, pois estava ao volante do caminhão e foi ao fundo do rio.
                Milton estava vindo de Santo Antonio do Matupi, distante 180 km de Humaitá. A viagem era tranqüila e a estrada estava em boas condições, quando chegou à ponte do Maici Grande, após trafegar alguns metros notou que a mesma estava balançando muito, diminuiu a velocidade para ver se conseguiria chegar do outro lado. Ao perceber que não daria para completar a travessia um calafrio cadavérico invadiu o seu corpo e a ponte ruiu.
                A primeira parte do caminhão que foi ao fundo foi a traseira, se ao contrário fosse a dianteira Milton e sua esposa provavelmente não estariam mais aqui para contar, pois se chocariam com uma das colunas de madeira e morreriam.
                Já no fundo do Rio, Milton ficou preso ao volante que entortou sua esposa ao lado também ficara presa. Com um esforço fora do comum os dois se desvencilharam e por um milagre do criador, sua esposa conseguiu levá-lo a beira do rio salvando-lhe a vida.
                O motorista indignado nos disse que 90 dias antes do ocorrido, uma empresa contratada pelo DNIT, fez a troca da parte de cima, não fazendo conta do mais importante que era a base da ponte que já havia sido consumida por cupins. Milton também revelou que a madeira usada não é de lei, por isso cai com freqüência. Se durasse muito daria prejuízo para as empresas que vivem disso e não se importam com a vida humana.
                Milton revelou que as empresas que fazem a manutenção são ligadas a gente do DNIT local e não estão nem ai para os milhares de cidadãos que se utilizam da estrada. O prejuízo do motorista já passa dos 20 mil Reais e o DNIT se negou até em tirar o ganha pão do caminhoneiro de dentro do rio, alegando que não tinha nada a ver com isso.
                Os que se utilizam da estrada para fazer do Brasil um país soberano no Amazonas se ressentem do descaso com que são tratados e esperam pelo dia em que poderão ser considerados brasileiros de verdade.




Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com


A DIGNIDADE PEDE PASSAGEM


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