Uma
das mais tradicionais construções da cidade
é o Castelo, atualmente ele
pertence à família do vereador Raimundo José Cruz Santiago, popularmente
conhecido como Bem te vi. Nos últimos dias uma intensa onda de críticas em
alguns sites de redes sociais levaram o empresário e vereador a dizer o porquê
da situação atual do imóvel que é um patrimônio histórico da cidade.
Bem te vi em pronunciamento na sessão de terça-feira dia
12 de junho deu um relato de todos os donos do imóvel desde sua construção
começando por Gusmão, médico que construiu o local para abrigar seu consultório
e também morar por lá isto ocorreu em1908;
Nos anos 20 Pedro de Alcântara Bacelar foi o dono do
imóvel; nos idos de 1940 chegou a vez de Antero Riça ser o proprietário da
construção; em seguida já no período de 50, Raimundo Figueiredo Cavalcanti que foi prefeito por dois
mandatos fez do local sua residência oficial; Em 1960 foi a vez da Diocese de Porto
Velho ser a mandatária do local que depois foi repassado para a Prelazia de
Humaitá que fez de lá a residência do primeiro prelado, Dom José Domitrovitz
que faleceu enquanto morava por lá sendo velado em suas dependências; Após este
período chegou a vez do Banco da Amazônia ocupar o Castelo fazendo do local sua
agencia de atendimento, após este perito o prédio foi leiloado sendo adquirido por
João Chíxaro de Souza nos anos 80 que foi o penúltimo dono e ficou no local até
o ano de 1982 quando em 22 de maio do mesmo ano Raimundo José da Cruz Santiago
começou a morar no Castelo com sua família.
Em 1993 havia um problema sério em relação aos dois cartórios
da cidade eles estavam na região da Avenida Transamazônica e precisavam de um novo
local para se instalar, Bem te vi alugou o Castelo para que os Cartórios pudessem
desenvolver seus serviços e continuar funcionando tudo isto sob o aval da
prefeitura de Humaitá que deveria pagar o aluguel do prédio. Após passar três anos
sem o devido pagamento Bem te vi entrou com uma ação de despejo e voltou a
morar no local.
Ao chegar neste momento da explicação o vereador foi
interrompido por seu companheiro de Câmara, o vereador Ray que perguntou quem
foi o prefeito do calote e obteve como resposta o nome: Írio Jabes Guerra de
Souza, neste momento houve vários risos e a explanação continuou.
A dívida deixada pela prefeitura na época era de
aproximadamente 43 mil reais que atualizados estão na casa dos 92 mil. Há uma
promessa de pagamento e quitação do débito e também correndo em paralelo uma
proposta de compra por parte do governo do estado que deveria ter batido o
martelo desde fevereiro, segundo informações o imóvel seria adquirido para que
no local começasse a funcionar a Biblioteca Álvaro Maia. Bem te vi diz que se
tudo der errado e ninguém fizer nada pelo imóvel ele mesmo restaurá-lo-á e
ocupará seu espaço novamente, enquanto isto o local não reflete mais a glória
do passado.
Haroldo Ribeiro
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