Segunda-feira, 16 de outubro de
2017.
No bairro um silêncio corta a madrugada, Elaine Couto Pereira espera seu
marido, Augusto Louzada Couto de mais um dia de trabalho, ela vai praticar um
ato que deixará marcas em seu marido, marcas que ele não terá como esquecer
jamais, sentimentos não podem ser medidos pela ótica humana da perda pura e
simples.
Há vários dias que a mulher
enciumada vem desconfiando de seu marido, ele trabalha na Zona Franca, linha de montagem das motos Honda, ele é um
dos funcionários mais ativos, mas ultimamente ele vem chegando tarde em casa,
com a velha desculpa da hora extra com promessas de melhores condições de vida.
Como toda mentira tem a perna
curta, Augusto acabou levando o celular errado para o trabalho, sua filha,
Nicole, de 15 anos resolveu pregar uma peça em seu progenitor trocando a capa
do celular da mãe no lugar do pai. Como não gosta de atender o aparelho
enquanto dirige, Augusto não percebeu a mudança e seguiu pensando estar com o
seu aparelho.
Exatamente as 7:30 da manha Maria
Yolanda liga para seu amante para trocar afagos e palavras picantes pelo
celular. Do outro lado da linha, Elaine comedida e com uma paciência de dar
inveja ouviu tudo o que sua rival tinha a dizer. Sem procurar ouvir seu
intelocutor, Maria revelou todas as peripécias sexuais da noite anterior. Elaine
simplesmente desligou o equipamento dando a impressão de que a ligação havia
caído.
Percebendo a troca, e já próximo
da fabrica Augusto procurou voltar para casa para resgatar seu aparelho antes
que sua querida mulher descobrisse tudo. Tarde demais.
Quando chegou ofegante ao seu lar
Augusto notou uma calma mórbida, foi quando percebeu que sua esposa estava com
uma faca afiadíssima. Ela avançou sem dó nem piedade e atingiu a primeira bola
do marido, ele gritou agonizante, sem acreditar no que estava acontecendo, com
o mesmo ímpeto ela atingiu a outra bola cortando-a totalmente, outro grito pior
que o primeiro ouviu-se em toda a redondeza.
Augusto nunca mais se recuperou
do trauma, uma de suas bolas foi dada pelo próprio Pelé para ele e a outra
tinha a assinatura original de Lionel Messi.
Haroldo Ribeiro
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