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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ser Solteiro


Certo homem ajeitado,




que queria se casar,


perguntou meio assustado,

que conselho ocê me dá?





Então meio receoso,

Sem saber o que falar,

Disse, espera aí seu moço,

Deixa aqui eu matutá.





Meu amigo afobado,

Sem saber o que fazer,

Após os trinta encalhado,

Já pensando em morrer.





Nunca namorou ninguém,

Ninguém quis correr o risco,

Mesmo tendo um armazém,

Era feio e esquisito.





Numa noite sem querer,

Meu colega ofegante,

Hesitando em dizer,

Venha cá nesse instante.





Me mostrou uma mulher,

Linda como diamante,

Eu lhe disse se quiser,

Pode começar o romance.



Meio lerdo e preocupado,

Meu amigo assim falou,

A angústia que eu trago,

Me causa medo e pavor.



Um chegado meu casou,

Com moça linda e bacana,

A muié dele enfeiou,

É o diabo chupando cana.



Era linda um tempo antes,

Mas agora é feia e brava,

a boca não tem mais dente,

Tem bigode pelo e barba.



Pensando nisso desisto,

Morro sozinho e solteiro,

Por isso contigo insisto,

O que faço companheiro?



Agora sei o seu medo,

Posso te dar um conselho,

Vou te contar um segredo,

Te livrar do pesadelo.



Pra evitar um futuro,

De pavor medo e espanto,

Siga caminho seguro,

Tendo da vida encanto.



Ela será num tempo além,

Como tua sogra agora,

Por isso que te convém,

Conhecê-la sem demora.



E ele mais que depressa,

Foi até a periferia,

Andou rua, praça travessa,

Pra escapar da agonia.



Já dois dias depois,

Com os zóio esbugalhados,

Encontrei ele que foi,

Em busco do resultado.



Com medo de perguntar,

Sem dar conversa ou corda,

Tive que desembuchar,

Diga como era a sogra?





Ele tremeu fortemente,

Tomou fôlego e falou,

Aquilo não era gente,

É um filme de terror.





Se aquela q'eu conheço,

Será como a vil senhora,

Prefiro pagar o preço,

Ser solteiro desde agora.





Sem saber o que falar,

E já triste e acabrunhado,

Se esse não quer casar,

que fique só e mofado.





Já passados trinta anos,

Que aconteceu a história,

Parece que houve engano,

Mais bonita a moça agora,





O caboclo quis me bater,

Infeliz de sua vida,

Virou uma fera ao saber,

Que a moça preferida.





Como sua mãe não seria,

Desfazendo toda intriga,

Aquela que preferia,

Era uma filha adotiva.
 
 
Haroldo Ribeiro
http://www.amazontime.com/
imagem meramente ilustrativa band.com
 
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