Direitos de todos e dever do Estado e da família, será promovido e incentivado com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, assim diz a Carta magna de 1988.
Texto esperançoso e poético, não fosse a situação em que se encontra a Educação no Estado do Amazonas, particularmente na cidade de Humaitá - na UTI ( Unidade de Tratamento Intensivo) - acometido de uma crônica, incurável, de consequências socioeconômicas desastrosas: a Corrupção.
Essa imoral doença começa a partir da falta de concursos públicos para o provimento de profissionais para exercê-la com profissionalismo, dignidade e cidadania, tanto no âmbito estadual como no municipal, pois o artigo 37 da Constituição federal é desrespeitado, com convivência dos Sindicatos, omissão o Ministério Público e irresponsabilidade do Estado e do Município.
Os sintomas dessa doença que contribui para o subdesenvolvimento da nação, do estado e do município, sobretudo, do ser humano, tem vários sintomas, entre tantos: abuso de autoridade; comércio em ambiente escolar; intolerância religiosa; peculato, como o aluguel de quadras de esporte; exploração do trabalho infanto-juvenil, como obrigar alunos e alunas a fazerem faxinas nas salas de aula; desvio e perda da merenda escolar; prevaricação; apropriação indébita; furto de equipamentos (bebedouros, condicionador de ar, computadores, aparelhos de som, DV e TV) sem que até a presente data se tenha punido os culpados; constrangimento ilegal;exercício ilegal de profissão; falsidade ideológica assédio moral e extorsão a alunas, como ameaçando reprová-las, tentando compensar-se com sexo.
Parabenizo a essa honrada educadora e a essa heroínas alunas que souberam fazer o divisor das águas, nos anais da história de Humaitá, onde o medo, a omissão, a imoralidade e o corporativismo deram vazão à coragem, à cidadania e a dignidade, como prova de que a sociedade quer o bem, para a educação, como forma de desenvolvê-la, tornando-a mais justa, mais fraterna e mais cooperativa.
Mas toda doença crônica não tem cura, mas tem controle em sua marcha, e entre tantas soluções, seria: concurso público para provimento de cargos; eleição democrática para gestores da educação; transparência na administração pública, e punição exemplar aos pseudo educadores que envergonham, enlameiam e enodoam a sublime e nobre profissão de educador, tendo como destino a ser trilhado por esses desajustados sociais e colaboradores do subdesenvolvimento humano: a cadeia ou o manicômio.
ENOCH DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO
GRADUADO EM GEOGRAFIA PELA UNIR – UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
PÓS-GRADUADO EM GEOPROCESSAMENTO PELA UNIRON - RONDÔNIA
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