Lixão de Humaitá, sabotado?

        Esta é apenas uma suposição baseada no relato

de alguns catadores da cidade, muitos não sabem, mas existem pessoas que vivem do que é jogado no lixo e de lá recolhem honestamente o seu sustento. A afirmação dos catadores tem lá suas razões de ser.

   

Explicando o problema

        O lixão de Humaitá ainda não tem status de aterro sanitário, todo o lixo recolhido na cidade é levado para lá, agora em caminhões próprios para este tipo de transporte. Quando chega por lá o caminhão leva os detritos até o fim da via e o deposita ao fundo da estrada onde um grupo de catadores já está por lá para recolher os plásticos, latinhas e outros produtos, separando-os para a comercialização em vários pontos da cidade, com isto alguns cidadãos, que não teriam renda de outra forma, sustentam suas famílias e pagam suas contas como qualquer outra pessoa.

        Há quase dois meses, quando começou a campanha eleitoral parte do lixo que é recolhido na cidade passou a ser depositado na estrada de acesso, com isto os caminhões foram sendo impedidos de jogar o material no lugar certo, ao fundo do terreno e longe da rodovia. Com o passar do tempo a estrada toda foi sendo tomada e no dia de terça-feira, 07 de agosto os motoristas foram obrigados a depositar o lixo na beira da pista. Os urubus estão por toda a parte e já ficam na estrada esperando o seu quinhão, os catadores recolhem os seus produtos por ali mesmo, e como os urubus, têm suas vidas ameaçadas pelo movimento de veículos que só têm aumentado por ali, os motoristas também passam por perigo, pois o movimento de urubus é intenso e quase causaram acidentes no local.

   

     Juntando-se uma coisa com a outra alguns catadores chegaram a conclusão de que tudo é uma estratégia de inimigos do atual prefeito para desestruturá-lo, pois é difícil não atrelar a imagem do mandatário da cidade com a situação em que se encontra o lixão. Um dos representantes da administração prometeu solucionar o problema ainda esta semana e o lixo deverá voltar para seu antigo lugar, longe dos olhos dos cidadãos pagadores de impostos.

Haroldo Ribeiro

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