Quem vai em direção ao Porto de Soja
que foi construído no apogeu agrícola do sul do Amazonas quando Humaitá virou um celeiro que prometia redimir o estado, vê agora uma estrutura, ainda bonita, mas que não escoa praticamente nada do que é produzido na região, não é capaz de imaginar que ali, bem perto, ainda resta um exemplo de agricultura que dá certo.
Douglas Macedo Pinheiro da Silva é Engenheiro Agrônomo, ele vai colar grau nesse dia 10 de agosto pelo curso de Agronomia da UFAM (Universidade Federal do Amazonas, seu pai, Danilo Pinheiro da Silva, representa o início da paixão de família pela agricultura, os dois resolveram investir no dom e mostrar que plantar hortaliça é possível também por aqui.
Na propriedade com estruturas cobertas de plástico branco se vê alface, rúcula, coentro além de pepino, quiabo e muito mais.
A demanda na cidade por hortaliças é tão grande que elas nem precisam estar muito grandes, diferente do sul do país, todas as que são produzidas são vendidas, do outro lado do país há descartes das menores, mas aqui elas são reunidas e vendidas do mesmo jeito.
O custo de qualquer tipo de hortaliça é que produzido na região é maior por necessitar de mais estrutura para produzir. Se um pé de alface for colocado diretamente no solo exposto ao calor da região fatalmente morrerá, por isso é necessário que se tenha cobertura, tratamento de solo, boa adubagem e irrigação.
Segundo o Eng. Agrônomo Douglas, há muito espaço para o produto produzido na região, o problema é que com o trabalho que é necessário muitos se desanimam e preferem as culturas regionais, que são mais fáceis de produzir.
O que o agora Agrônomo Douglas sabe é que ter aprendido nos bancos da universidade foi de grande valor, diferente de muitas outras pessoas, em sua casa o espeto é de ferro contrariando o dito popular “Em casa de ferreiro o espeto é de pau”
Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com
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