Humaitá é como um corpo cheio de veias que a cortam por todo o lado,
estas veias são os muitos rios, igapós e igarapés, sem esquecer dos lagos abundantes que fervilham de peixes de todos tamanhos texturas e qualidades.
Com toda essa fartura de peixe era de se esperar que o consumo de pescado fosse a tônica nos pratos ou até mesmo nos churrasquinhos de fim de tarde certo? Errado! De forma homeopática o povo acostumado ao “peixe nosso de cada dia”, despertou para o churrasquinho e tudo indica que esta tendência é irreversível.
Quem passa pelas muitas esquinas da vida de Humaitá verá este personagem que a cada dia é mais popular, o vendedor de churrasquinho. Eles estão por toda parte, faturam um bom dinheiro, e alguns, até diversificam oferecendo pratos rápidos com mandioca, arroz, vinagrete e até mesmo o vatapá.
Com um copinho descartável, com farinha d’água ou acompanhado de refrigerante o churrasquinho mostra a força que vem do sul para mudar o paladar do velho e bom amazonense tradicional. Enquanto os donos da bombacha dão a direção do paladar do norte no sul o energético açaí toma conta dos melhores pontos de encontro. Isso é Brasil.
Haroldo Ribeiro
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