Viver dentro da floresta não é nada fácil, quanto mais afastada dos grandes centros a localidade é, mais abandonados são todos aqueles que fazem da terra o seu sustento.
Quem vir ao sul do Amazonas saberá, conversando com os seus moradores, as grandes barreiras que eles enfrentam todos os dias no seu habitat junto as feras do campo, animais peconhetos, intempéries climáticas e muito mais.
ESTRADAS E PONTES
Embora seja o maior estado do Brasil em área, o Amazonas é um dos menos habitados. As suas cidades ficam muito distantes uma das outras, por conta disso seria necessário uma maior integração de suas comunidades através de estradas, com suportes também por rios e vôos regulares para atendimento das necessidades mais urgentes. O que acontece porém, é um isolamento. As estradas são em sua maioria de cascalho (mistura de barro com pedra) e quando vem a chuva, a lama impede o tráfego, deixando milhares de pessoas sem poder se movimentar para lugar algum. A quebra de pontes é um acontecimento relativamente natural e corriqueiro. Mostramos em uma de nossas matérias o que aconteceu com o motorista de um caminhão que quase morreu quando o seu veículo desceu as águas do Rio Maici. Fatos desse tipo fazem crer que a solução está longe de ser resolvida.
ASSISTÊNCIA MÉDICA
Os que se aventuram em morar dentro dos limites da floresta podem ficam preocupados, pois quase nenhum tipo de assistência médica é dada para as pessoas. Até mesmo em Humaitá, cidade que tem uma das melhores estruturas de saúde do sul do estado, ainda há muito que ser resolvido no setor. O Hospital Regional presta um serviço até que satisfatório, porém até mesmo os que cuidam da área reconhecem o limite imposto pela falta de equipamentos mais sofisticados.
Quando um cidadão que mora no campo precisa de cuidados urgentes, pode contar com a morte certa ou um milagre de Deus, pois muitas vezes até chegar a cidade mais próxima ele terá que percorrer muitos quilômetros de estradas com buracos, desvios, pontes caídas e vários outros fatores desfavoráveis.
ENERGIA ELÉTRICA
Há um programa muito divulgado pelo governo Federal que é o “Luz para Todos”, não dá para dizer que o benefício não funcione, porém os que deveriam administrar tais recursos os distribuem como se fossem favor político. A demora é tão grande que alguns chegam até mesmo a desanimar achando que não receberão a luz tão sonhada.
Os projetos são em quase 100 % dos casos de origem termométrica o que faz com que os custos sejam elevados e altamente permissíveis a corrupção pelo desvio de combustíveis. Uma das grandes razões para o não desenvolvimento de estratégias diferenciadas na geração em matéria de energia é a possibilidade de desvio além do aluguel de motores, grande quantidade dos equipamentos são alugados, sendo assim nunca a população é dona de nada, sendo loteada sem saber a grandes empresários do ramo da geração de energia.
A Alemanha está na frente do Brasil em geração foto elétrica, embora o país não conte com 30% dos raios solares que os atingem, por conta do incentivo governamental estão há anos de distância de nós em relação a geração de energia vinda do sol.
Outro recurso disponível por aqui é a energia eólica, os ventos que atingem a região são constantes e fortes, o que permitiria uma grande quantidade de geração de energia, porém, mesmo levando a bandeira da preservação ambiental pelo mundo inteiro, o governo do Amazonas pouco ou nada faz para melhorar nossos índices, utilizando combustível fóssil para geração de energia.
Quem no mundo inteiro quiser saber o grande problema da Amazônia saiba que a corrupção, o jogo político, a hipocrisia e a falsidade, defeitos humanos condenados por todos, é o que na verdade depõe contra o ecossistema e o povo da floresta.
Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com
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