O Amazonas é um estado multicultural. A diversidade cultural aqui existente é que faz com que esse estado, de identidade ainda tão questionada e história ainda pouco inventada, apresente identidades múltiplas e variadas.
Há que se questionar o termo “multicultural”, afinal dir-se-ia que todos os países do mundo se constituem também como multiculturais. E tal fato é real, haja vista ser impossível, na configuração globalizada do mundo atual, existir nação que possa ser, somente, mono cultural. Assim, impossível é, também, negar o multiculturalismo instaurado no estado do Amazonas. O multiculturalismo é, justamente, a confluência de culturas variadas formando uma nova, diversificada, múltipla e, contraditoriamente, única.
O Estado do Amazonas, formado por cidadãos de tão distintas ascendências, é, por natureza, ‘multi’ multicultural (se me permitem a redundância). Aqui os valores indígenas se juntam aos europeus, aos sulistas, aos nordestinos, aos afros, aos tantos outros que vieram a constituir esse estado e acabam por formar a cultura típica do amazonense: ainda pouco difundida no restante do Brasil, mas por certo já bem definida e definidora.
Mas há que se dizer, embora, que quem por aqui passa sabe bem o que vê: a busca, a ânsia, o desejo, a gana. O povo amazonense, complexo e vário, sabe que a diversidade cultural que o constitui impulsiona-o para expor o que de mais forte e vívido cada cultura que lhe é constituinte possui e, assim, esse estado infiltra-se na esteira dos demais e busca impor-se como multicultural e, por isso mesmo, multíplice.
Elis Regina Fernandes Alves
Professora de Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa
UFAM- IEAA
Humaitá- Campus vale do Rio Madeira.
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