ESGOTO A CÉU ABERTO, OS URUBUS ENXERGAM, OS GOVERNOS NÃO
Uma Obra que não é visível faz toda a diferença na vida das pessoas, como fica geralmente por baixo da terra além de ser bastante custosa é evitada por governantes, principalmente aqueles que não estão nem aí pra população. Pensar em esgoto é algo não cogitado por aqueles que estiveram à frente da prefeitura do município de Humaitá. Tomando a falta de recursos como desculpa, pois as cidades do Amazonas não têm condições sozinhas de alavancar este tipo de obra, governo após governo foram se sucedendo sem fazer esta obra primordial na defesa da saúde pública.
Agora o poder público do estado está fazendo o asfaltamento em quase toda a cidade, porém é possível ver que não é feita uma estrutura para águas das chuvas de um lado e esgoto do outro. Quando é feito algo parecido com sistema de esgoto, misturam-se águas das chuvas com fezes e outros elementos menos nobres que saem das várias residências da cidade.
Como a cidade é feita de vários desnivelamentos, quando chove as águas seguem seu curso natural e vão para os lugares mais baixos; quem morar nas partes baixas é bombardeado com tudo o que não presta das outras casas. É triste pensar que não é só no período chuvoso, pois no verão o esgoto passa pelas residências do lado mais baixo da rua e segue sem tratamento para o Grande Rio Madeira.
O golpe é sempre o mesmo, próximo as eleições os governantes aplicam em asfaltamento que é visível e ganham prestígio, para continuarem a ser governo, depois que o pleito acaba o asfalto acaba junto e então na próxima eleição voltam e tudo se repete numa enganação sem fim.
A imagem que conseguimos da Rua Circular Municipal II no Bairro de São Cristóvão nesse domingo, 09, mostra como o esgoto não tratado faz com que alguns animais não desejados se tornem nossos vizinhos.
É bom que o governo do Amazonas, próximos as eleições ou em qualquer outra época faça alguma coisa pelo bem comum de nossa população, porém se obras que não derem votos forem feitas também saberemos com certeza que estamos diante de um governo sério, caso contrário o Rio Madeira tornar-se-á um novo Tietê, numa metrópole futura que surge.
Num futuro não muito distante alguém se lembrará do que escrevi e dirá:
- Esse cara tinha razão!
Haroldo Ribeiro
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