Na quarta-feira, 18, em Humaitá algo muito estranho aconteceu e pode-se até ser classificar como catastrófico. Logo nos primeiros momentos do dia por volta das 7:00 h uma espessa névoa tomou conta da cidade, tratava-se de fumaça advinda de queimadas, que são a marca maior da região nesta época.
Além deste problema que é sazonal, outro bem conhecido de quem se utiliza de energia elétrica vinda de motores a diesel também não com muita surpresa deu as caras por aqui. Por um período próximo há 30 minutos toda cidade ficou sem energia elétrica.
Fumaça e falta de energia ainda denotam o quanto estamos longe do progresso que o mundo espera de nós. As ações governamentais que visam diminuir a devastação ambiental estão provando ser ineficazes, pois para aumentar as cabeças de gado no pasto, os pecuaristas não perdem tempo e derrubam nessa época para economizar dinheiro, pois se simplesmente derrubassem sem queimar precisariam de um grande aparato de maquinário, coisa que o fogo faz com facilidade.
O problema da queimada é que não se pode fazer a evacuação da área, e na prática, milhares de animais são dizimados junto com a vegetação causando um problema que será sentido num futuro próximo. Onças, serpentes, tartarugas, tamanduás e outros muitos animais desaparecem aos poucos fazendo uma previsão sombria de que a raça humana também um dia deve sumir no calor destrutivo causado por ela mesma.
O Amazonas tem sol em quantidade, o que faz deste ponto do mundo um dos melhores lugares para desenvolvimento da tecnologia solar, os ventos são calmos, porém abundantes o que credencia a região também para o desenvolvimento da energia eólica. Fica então a pergunta: Porque não utilizar esta riqueza? A resposta é conhecida, não se pode desviar o vento para o bolso de ninguém nem tão pouco pegar o sol e trocar no banco por notas de Real ou Dólar.
São poucas as esperanças de que algo mude, no entanto é melhor ter uma esperança pequena do que esperança alguma.
Haroldo Ribeiro
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