Vivenciamos o século XXI pautado no mundo técnico científico e informacional , um marco cravado na era da globalização, fato este que teve como mola propulsora os meios de comunicação (rádio, televisão, telex, telefone, celulares e internet), e por meios dos transportes (carros, navios, aviões, trem bala e etc), tudo isso aliado as rodovias, ferrovias e hidrovias. A comunicação do saber é fruto dos sofistas, dos filósofos e dos educadores. Apesar que no momento a pauta é produzir cada vez mais e poluir cada vez menos, isto implica a volta dos sonhadores ou dos filósofos utópicos.
Os bens de produção ou bens econômicos e objetos pessoais (vestuários, calçados, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis, carros, casas, relógios, aviões, jatos, em fim tudo que é produzidos para atender os anseios da espécie humana) e que tudo que é fabricado requer matéria-prima oriunda dos recursos naturais, uns em subprodutos para torna-se produtos e assim por diante. É bom deixar claro que a confecção ou industrialização de um produto exige gasto de energia e daí por diante damos início a poluição do solo, ar, água além da produção de lixo de todo tipo. Todo cidadão tem direito à casa, vestuário, alimentação, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, meios de transportes, lazer etc. O ser humano busca o melhor para sua comodidade e obter melhores condições de vida, inclusive ecologistas, ativistas, sindicalistas, representantes de ONGs e políticos de modo geral.
Onde está as ONGs e os Governantes? Possuímos cerca de 12 % de toda água doce do planeta, e aproximadamente 22 milhões de pessoas não tem acesso a água potável e tratada de boa qualidade. O Amazonas não foge a regra. Digo mais nenhuma cidade do Amazonas tem 20% de saneamento básico, digo jogar asfalto sobre lama como foi o caso de Humaitá, está anos luz atrasado do que é saneamento básico. Estou errado? Justifiquem?
O mundo bipolar esfacelou-se, caiu o muro de Berlin, o Socialismo dissolveu-se e assim a multipolaridade proporcionou uma “guerra ideológica verde”, em que o planeta pede socorro por causa da poluição e degradação ambiental e mais uma vez os vilões, países desenvolvidos e em desenvolvimento são os que mais poluem, e negam qualquer possibilidade de ajudar os países pobres, a melhorar suas possibilidades de obter melhores condições de vida para seu povo, e assim deixando os países pobres esquecidos, muito pelo contrário os países ricos e em desenvolvimento procuram se proteger em blocos econômicos.
E assim a ONU junto com os países ricos articula reuniões de cunho ecológico e ideológico sensibilizando os agentes sociais em defesa do planeta e o mundo esquece que todas as noites mais de 100 milhões de crianças adormecem de barriga vazia e cerca de 1 bilhão de pessoas vivem a baixo da linha de pobreza, inclusive no Brasil atual temos mais de 23 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza. O pior é saber que quem sofre mais são as crianças que sentem a fome desde o ventre da mãe e ao nascer sofrem para sobrevier.
E assim os teóricos surgem com termos bonitos como desenvolvimento sustentável ou cidades sustentáveis, e o que assistimos é o inverso do discurso, por exemplo, a cidade de Manaus consegue arrecadar de 98% dos impostos do Estado do Amazonas, com exceção de Coari, as demais cidades são consideradas de pobres a miseráveis, graças aos investimentos feito na cidade de Manaus e principalmente no Pólo Industrial de Manaus, cabendo as migalhas quando sobradas e próxima do período eleitoral, e são direcionadas para os apaziguados dos governantes. O retrato do Estado do Amazonas é assustador e assim proporciona desespero social. E os novos atores sociais ONGs, e outros Organismos Internacionais procuram o não desenvolvimento sócio-econômico dos países de economia dependentes ou países pobres. Só para termos uma idéia a ONG WWF, atua em mais de 100 países e conta com mais de 2 mil funcionários, espalhados principalmente nos países pobres e em desenvolvimento, outra ONG reconhecida é o Greenpeace, e no Brasil temos o Instituto de Análises Sociais e Econômicas IBASE.
No início essas ONGs sobreviviam de doações de militantes e simpatizantes, hoje recebem verbas dos governos e dos organismos internacionais, e assim a pobreza aumenta, e a miséria acumulada passa para segundo plano, ficando em primeiro plano a defesa do meio ambiente, até parece que cerca de 1 bilhão de seres humanos não fazem parte da natureza ou do meio ambiente, o ser dito racional esquece seus semelhantes e segura a bandeira dos países ricos “o meio ambiente”, deixando o ser humano fora da cadeia do ecossistema planetário. Essas ONGs esquecem que diariamente morrem no mundo 40 mil criança por dia, a maioria por fome ou falta de cuidados médicos e hospitalar, alem do mais 80 % da riqueza mundial do planeta está concentrada nas mãos de 15 % da população mundial.
O Brasil é um país que seus governantes continuam comandando o bolsão de miséria, só para termos uma idéia o Brasil é o 7º país do mundo em número de analfabetos, sendo que 18 milhões destes nunca passaram pela escola. Como pode um político acumular riquezas exorbitantes no exercício de seus mandatos, isto é um desrespeito a dignidade do próprio país.
O pior são os governantes que no exercício de seus mandatos não conseguem gerar emprego e renda para as pequenas cidades, e muitos ainda ousam serem aplaudidos em praças públicas, até parece à política do pão e circo, a volta do império romano ou o novo império romanaus. A miséria, a falta de geração de emprego e renda não permite o cidadão dirigir-se à praça pública a fim de ouvi e aplaudir políticos “Peru”, que só aparece na cidade nas vésperas das eleições, quem ganha notoriedade em véspera de natal é Peru. Quer melhorar seu perfil cuide do seu povo, procure devolver dignidade ao nosso povo, deixe de ser político Peru.
José Bertino Filho
Profº de Geografia
Humaitá – agosto de 2010
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