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sábado, 12 de novembro de 2011

Audiência discute a educação nacional em Humaitá



            A educação nacional foi discutida na noite de sexta-feira,
11/11/2011, nesta data especial em que vários numerólogos profetizavam coisas boas o ensino também recebeu uma atenção especial. AS discussões foram lideradas pelo Deputado Sidney Leite que faz parte da Comissão de Educação e Cultura da Casa.
                Numa iniciativa que merece louvor o parlamentar tem buscado no interior do estado idéias e proposta para a melhoria da educação nacional. O ensino no interior do estado do Amazonas é muito peculiar e de difícil execução. As distâncias, a falta de investimento e incentivo além da escassez de profissionais são pontos que foram tocados como problemas a serem vencidos.
                A audição foi feita dando chance a todos que quisessem de indicar idéias ou de denunciarem maus práticas o que foi feito por pelo menos dez inscritos, mais do que propostas o desabafo foi à tônica que tomou conta da maioria das discussões. O vereador Sidney Temo trouxe sua contribuição dizendo que o estado não cumpre a carga horária em relação à preparação de aula que deve ser incluída no tempo contado como trabalho, assim 2/3 deve ser de trabalho efetivo e 1/3 para a preparação ele ainda denunciou que alunos da 3ª e 4ª série ainda não sabem ler e escrever direito, não atribuiu esse fato aos professores que hoje na cidade conta com mais de 60% de especialistas.
                A professora Ellen, uma das inscritas citou o fato da formação continuada que obriga o profissional a usar tempo que deveria servir ao seu descanso. Ivanildo Tenharim citou os muitos problemas da comunidade indígena para atingir a educação. A professora Eurismar inquiriu sobre o livro didático e os critérios  de sua escolha.
                Ruan O presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade perguntou o porquê de professores de uma área dar matérias de outra e também citou o fato de um professor ter colocado uma matéria como dada, quando de fato esta matéria não foi dada, além disso, quando morre algum parente de professor toda a escola fica sem aula fato que acontece quando chove também.
                O vereador Joel Guerra fez denúncias sobre a educação do interior do município, ele disse que o número de dias letivos deveria ser de 200, mas no interior em alguns lugares este número não chega a 70. Quando estes professores vêm à sede do município para receber e ficam muitos dias na cidade enquanto os alunos. O vereador falou sobre a não prestação de contas do executivo a cada quatro meses e alegou que os vereadores não sabem quanto se gasta em educação por falta de audiências públicas e no final falou da merenda de péssima qualidade vinda do governo do estado, que deveria ser comprada na cidade.
                Hamilton Santos, locutor da rádio VRM disse que recebe u mais de 90 cartas do interior dando conta de problemas na educação do interior. Segundo ele os gastos com o transporte contam atualmente com 2 milhões de reais quando antes era apenas 400 mil e mesmo assim várias falhas ocorrem todos os dias na área rural, falou do planejamento feito a luz do lampião por falta de óleo para o motor de luz.
                Chaguinha de Humaitá disse que não era a hora propícia de falar dos problemas locais que terão ocasião propícia para ser discutido, mas nas questões estaduais a merenda é uma verdadeira desgraça obrigando os alunos a pedirem dinheiro para os professores e fazerem um lanche na cantina da escola além disso não há preparação para o ENEM e o IDEB, os alunos deparam-se com questões que nunca viram ser dadas em sua vida escolar e também falou sobre os dias que não têm aula por falta de luz ou água e por final afirmou que as telhas que foram quebradas no vendaval ainda não foram repostas.
                A professora Zilmar, a ultima inscrita emocionou-se ao vendo discutidas questões que fazem parte das discussões em sala de aula, disse ter ficado triste por saber do evento encima da hora, pois queria que seus alunos participassem, também afirmou saber dos problemas enfrentados pela professora Jusci, pois foi secretária de educação como ela. Ao fim de sua fala, Zilmar afirmou que as bases da educação atual começou a ser estruturada na década de 30 vindo a se tornar realidade somente agora em 2001.
                
                Sobre os questionamentos do ensino do estado a Martinha, coordenadora da Seduc da cidade, o governo está investindo em reformas de escolas na cidade como o caso da Escola Gilberto Mestrinho que vai ser entregue ainda este ano, as escolas Álvaro Maia e GM3 deverão também ser reformadas ainda este ano.
                Jusci, secretária de educação do município, reconheceu que há alguns problemas para desenvolver a educação na cidade principalmente pelo fato de a maioria das escolas ficarem no ambiente rural. São 8216 alunos a maioria deles estudando no campo. Sobre os questionamentos do vereador Joel Guerra, ela afirmou que na questão do combustível para a movimentação dos motores, eles não podem mais ser transportados por barcos de passageiros, a prefeitura foi obrigada a contratar serviço especializado por imposição da Marinha do Brasil, isto fez com que houvesse um atraso no envio que já foi solucionado, sobre o transporte escolar Jusci disse que embora existam problemas ele está sendo realizado com mais acertos que erros e quando não há possibilidade de haver o transporte contratado o próprio pai recebe o óleo para transportar os filhos. Na questão das audiências públicas Jusci disse que as audiências públicas vão recomeçar e a prestação de contas deverá ser feita.
               
               Haroldo Ribeiro

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