11/11/2011, nesta data especial em que vários numerólogos profetizavam coisas boas o ensino também recebeu uma atenção especial. AS discussões foram lideradas pelo Deputado Sidney Leite que faz parte da Comissão de Educação e Cultura da Casa.
Numa iniciativa
que merece louvor o parlamentar tem buscado no interior do estado idéias e
proposta para a melhoria da educação nacional. O ensino no interior do estado
do Amazonas é muito peculiar e de difícil execução. As distâncias, a falta de
investimento e incentivo além da escassez de profissionais são pontos que foram
tocados como problemas a serem vencidos.
A
audição foi feita dando chance a todos que quisessem de indicar idéias ou de
denunciarem maus práticas o que foi feito por pelo menos dez inscritos, mais do
que propostas o desabafo foi à tônica que tomou conta da maioria das
discussões. O vereador Sidney Temo trouxe sua contribuição dizendo que o estado
não cumpre a carga horária em relação à preparação de aula que deve ser
incluída no tempo contado como trabalho, assim 2/3 deve ser de trabalho efetivo
e 1/3 para a preparação ele ainda denunciou que alunos da 3ª e 4ª série ainda não
sabem ler e escrever direito, não atribuiu esse fato aos professores que hoje
na cidade conta com mais de 60% de especialistas.
A
professora Ellen, uma das inscritas citou o fato da formação continuada que
obriga o profissional a usar tempo que deveria servir ao seu descanso. Ivanildo
Tenharim citou os muitos problemas da comunidade indígena para atingir a
educação. A professora Eurismar inquiriu sobre o livro didático e os critérios de sua escolha.
Ruan O
presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade perguntou o porquê de
professores de uma área dar matérias de outra e também citou o fato de um
professor ter colocado uma matéria como dada, quando de fato esta matéria não
foi dada, além disso, quando morre algum parente de professor toda a escola
fica sem aula fato que acontece quando chove também.
O
vereador Joel Guerra fez denúncias sobre a educação do interior do município,
ele disse que o número de dias letivos deveria ser de 200, mas no interior em
alguns lugares este número não chega a 70. Quando estes professores vêm à sede
do município para receber e ficam muitos dias na cidade enquanto os alunos. O
vereador falou sobre a não prestação de contas do executivo a cada quatro meses
e alegou que os vereadores não sabem quanto se gasta em educação por falta de audiências
públicas e no final falou da merenda de péssima qualidade vinda do governo do
estado, que deveria ser comprada na cidade.
Hamilton
Santos, locutor da rádio VRM disse que recebe u mais de 90 cartas do interior
dando conta de problemas na educação do interior. Segundo ele os gastos com o transporte
contam atualmente com 2 milhões de reais quando antes era apenas 400 mil e
mesmo assim várias falhas ocorrem todos os dias na área rural, falou do
planejamento feito a luz do lampião por falta de óleo para o motor de luz.
Chaguinha
de Humaitá disse que não era a hora propícia de falar dos problemas locais que
terão ocasião propícia para ser discutido, mas nas questões estaduais a merenda
é uma verdadeira desgraça obrigando os alunos a pedirem dinheiro para os
professores e fazerem um lanche na cantina da escola além disso não há
preparação para o ENEM e o IDEB, os alunos deparam-se com questões que nunca
viram ser dadas em sua vida escolar e também falou sobre os dias que não têm
aula por falta de luz ou água e por final afirmou que as telhas que foram
quebradas no vendaval ainda não foram repostas.
A professora
Zilmar, a ultima inscrita emocionou-se ao vendo discutidas questões que fazem
parte das discussões em sala de aula, disse ter ficado triste por saber do
evento encima da hora, pois queria que seus alunos participassem, também
afirmou saber dos problemas enfrentados pela professora Jusci, pois foi
secretária de educação como ela. Ao fim de sua fala, Zilmar afirmou que as bases
da educação atual começou a ser estruturada na década de 30 vindo a se tornar
realidade somente agora em 2001.
Sobre os
questionamentos do ensino do estado a Martinha, coordenadora da Seduc da cidade,
o governo está investindo em reformas de escolas na cidade como o caso da Escola
Gilberto Mestrinho que vai ser entregue ainda este ano, as escolas Álvaro Maia
e GM3 deverão também ser reformadas ainda este ano.
Jusci,
secretária de educação do município, reconheceu que há alguns problemas para
desenvolver a educação na cidade principalmente pelo fato de a maioria das
escolas ficarem no ambiente rural. São 8216 alunos a maioria deles estudando no
campo. Sobre os questionamentos do vereador Joel Guerra, ela afirmou que na
questão do combustível para a movimentação dos motores, eles não podem mais ser
transportados por barcos de passageiros, a prefeitura foi obrigada a contratar
serviço especializado por imposição da Marinha do Brasil, isto fez com que
houvesse um atraso no envio que já foi solucionado, sobre o transporte escolar
Jusci disse que embora existam problemas ele está sendo realizado com mais
acertos que erros e quando não há possibilidade de haver o transporte contratado
o próprio pai recebe o óleo para transportar os filhos. Na questão das
audiências públicas Jusci disse que as audiências públicas vão recomeçar e a
prestação de contas deverá ser feita.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente com responsabilidade