Sem estrada e sem apoio do governo federal, Apuí pede socorro

               

 Apuí é um município brasileiro de gente guerreira

e determinada, espanta o restante do estado que sejam conseguidos altos níveis de produção numa área quase que totalmente inóspita por conta do abandono dos governos federal e estadual. Os habitantes daquela área do país relutam em abandonar um solo abençoado e produtivo e que tem como único defeito a distância de Manaus e Porto Velho, a cidade fica a 400 km de Humaitá e 600 km de Porto Velho; a capital do estado, Manaus, fica a mais de 450 km.

                No começo do ano a estrada que dá acesso a cidade de Apuí, a abandonada Transamazônica, sofreu um rompimento, justamente por estar num local do estado com subidas e descidas, um relevo diferenciado dos demais locais, que embeleza a região tornado-a uma das mais belas do Amazonas, mas que cobra um preço caro do povo que por lá mora, pois todo o ano, parcialmente ou totalmente os problemas avolumam-se tornando chegar à cidade uma aventura além dos limites dos homens e mulheres normais.

                Próximo ao local mais conhecido como Matamatá vários barrancos desmoronaram e a estrada foi interrompida. O prefeito de Apuí, numa atitude incomum resolveu ir à luta, levou as máquinas da prefeitura para o local e fez o que o governo federal reluta em resolver, o problema fica ainda maior ao se constatar que a empresa que deveria fazer a manutenção não faz sua parte por não ter sido feita a licitação para a realização dos serviços no trecho. Embora a prefeitura de Apuí tenha realizado mais do que sua obrigação os serviços não duram muito e a situação continua calamitosa.

                As empresas que fazem o transporte tanto de cargas quanto de passageiros são obrigadas a fazer a baldeação para conseguir vencer as barreiras em forma de lamaçal que virou o pesadelo do povo apuiense.  

Haroldo Ribeiro

Foto G1.com

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