O Brasil é assim, o Carnaval passa e parece que bate
uma
onda zen na população, um relaxamento fora do normal, além desta paralisia com
jeito de rede preguiçosa, água de coco e nada para fazer, ainda bate uma
pindaíba violenta no bolso de quem não foi escolhido para ganhar dinheiro na
festa.
Quando se fala em locai s como Humaitá no amazonas a
coisa fica ainda pior, pois numa cidade pequena como esta o pouco que circula
fica nas latas de cerveja, nos abadás, nos bares, baladas e extravagâncias, na
quarta-feira resta às cinzas para muita gente que depende da circulação de
dinheiro para sobreviver.
A situação só começa a mudar quando o novo mês desponta,
nos meados de março há um respirar de alívio e a Terra Brasilis parece que
retorna ao seu eixo. Está na hora de começarmos a rever essa história toda e
avançarmos para um futuro de trabalho e dedicação, pilares de uma nação que
quer ser grande.
Grande mesmo é o valor dado às escolas de samba em São Paulo;
por lá o Kassab despejou 24 milhões em dinheiro público para fazer um carnaval
semelhante ao do Rio de Janeiro, enquanto isso há milhares de famílias que dormem
ao relento em São José dos Campos e mesmo em São Paulo, por conta de despejos
que fazem a missão de Robin Hood ao contrário, por lá se tira dos pobres para
dar aos endinheirados.
No fim das contas quem pula o carnaval de verdade são os
ricos e os pobres, como sempre, são aqueles que dançam, não só no carnaval, mas
no ano inteirinho.
Haroldo Ribeiro
.
Você falou a mais pura verdade, agora é que realmente o ano vai começar, depois de encher os bolsos dos ricos e esvaziar o dos pobres. Esses 24 milhões com certeza ia ajudar os despejados de SP e ainda dava pra ajudar nossos irmãos-vizinhos do Acre.
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