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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Peido anônimo em coletivo provoca acidente



            O fato ocorreu numa segunda-feira
logo no inicio do dia, ninguém sabe como tudo aconteceu, entretanto a morte andou rondando os passageiros do ônibus 45 que seguia seu caminho normal quando no meio da viagem alguém desavisado soltou um daqueles peidos finos e sem som, para completar o clima de terror entre os passageiros, o ônibus estava lotado e as janelas fechadas por conta de uma forte chuva que invadia o coletivo.
            Quando sentiu a marola, Sebastião Fonseca freou o veículo bruscamente, ele estava bravo desde que saiu de sua casa, pois soube que seu filho não ia à faculdade há pelo menos 15 dias e gastou o dinheiro da mensalidade saindo com mulheres de vida fácil. Com a freada brusca,tudo indica que o autor do crime soltou mais um piorando ainda mais a situação. Um carro que vinha no sentido contrário bateu num poste de iluminação, para sorte o carro era guiado por uma idosa e estava a 10 km por hora. A polícia nem chegou a ser requisitada.
            - Eu quero saber quem peidou no meu ônibus?
            - “Ei motora, de boa meu! Anda logo que eu to atrasado pro trampo, e quem peidou aqui vou dá uma idéia, se fizer de novo vai levá tiro, eu sou da facção valeu!”
            A coisa começou a esquentar, e uma senhora meio obesa deu sua palavra:
            - Olha, não fui eu quem peidou, mas se alguém está com problemas desça no próximo ponto, isto é normal todo mundo um dia já teve gases na vida.
            -Essa foi boa, gases na vida, a vida do cara é um grande peido! Falou um gaiato.
            - Acho que quem peidou foi esse que falou por último, maior sem vergonha!
            Depois que está mulher deu sua fala ninguém quis descer no próximo ponto, e olha que muita gente descia ali.
            O motorista, mais calmo continuou a viagem quem soltou aquela bufa não se manifestou novamente, as pessoas foram descendo uma a uma até o ponto final, ninguém soube até hoje quem fez tamanha revolução no coletivo usando o poderoso torpedo intestinal.
            Ao chegar AM casa Sebastião, o motorista, disse para Clotilde, sua patroa:
            Foi horrível, quando fecho os olhos ainda posso sentir o cheiro, que terror!

História de Haroldo Ribeiro
imagem: semfrescura.wordpress.com


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