Um
local em que tudo parece não andar,
isto é o Distrito Industrial por falta de visão
do governo e isto em todos os níveis. O abandono é total, falta
infra-estrutura, incentivo, fomento e investimentos, com isso muitos empresários
decidiram ir embora antes de verem suas rendas indo pelo ralo da falta de
incentivos.
Se
não fosse a determinação e coragem dos empresários que ainda resistem no local
hoje tudo seria um imenso deserto. As histórias são quase as mesmas em todos os
locais, burocracia e abandono. Um sinal de telefone celular é uma dificuldade
para manter, até bem pouco tempo quase não se podia fazer uma ligação
decente por aquelas bandas, outro grande
problema é a falta de sinal de internet, as operadoras da cidade não tem
equipamentos por lá o que dificulta, e muito, a situação dos que querem fazer
desta cidade um oásis de emprego e renda.
A
área é muito grande e poderia ser ocupada por muitas empresas não poluidoras e
que preservassem o meio ambiente, porém fica cada vez mais difícil encontrar
alguém que queira queimar dinheiro num local esquecido por todos os que
deveriam ser os primeiros a dar o total apoio. Hoje o que se vê por lá é uma indústria
madeireira que tenta se manter viva e que mesmo diante de todas as intempéries
ainda gera mais de quarenta empregos diretos números que poderiam ser pelo
menos quatro vezes maiores.
Quem
for ao Distrito Industrial de Humaitá Amazonas verá grandes silos que dão a
impressão de que a cidade é um pólo de desenvolvimento, só impressão, ao chegar
mais perto, o cidadão curioso poderá constatar com seus próprios olhos, “que a
terra a de comer”, que o sonho verde do Amazonas que teria Humaitá como seu
grande propulsor não passou de mais um pesadelo de barriga cheia, que refletiu
uma época áurea, mas que não durou nem uma geração, os que plantaram nos campos
naturais e produziam soja e arroz tiveram que deixar suas metas ou iriam morrer
pelo Brasil, morrer duro e devendo.
Como
brasileiro não desiste nunca, ainda há os que remam contra as marés, enquanto
isso o arroz nosso de cada dia, nossa couve, nosso maracujá, a grande maioria
de nossas melancias, e até mesmo o peixe consumido em Manaus vem do estado de
Rondônia, passando por Humaitá, pelo menos a Rodovia para o estado vizinho está
prestando. Com a ponte o movimento por estas bandas deverá ser grande, mas de
produtos passando pela cidade gerando renda para o reinado de Manaus deixando para
o povo local, os buracos no asfalto e a poeira levantada pelas rodas do
progresso, do estado vizinho.
Habitantes
do futuro que lerem esta matéria em bem pouco tempo, saibam que Humaitá já teve
um Distrito Industrial. É serio!
Haroldo Ribeiro
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