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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Distrito Industrial, um grito por atenção



         Um local em que tudo parece não andar,
isto é o Distrito Industrial por falta de visão do governo e isto em todos os níveis. O abandono é total, falta infra-estrutura, incentivo, fomento e investimentos, com isso muitos empresários decidiram ir embora antes de verem suas rendas indo pelo ralo da falta de incentivos.
         Se não fosse a determinação e coragem dos empresários que ainda resistem no local hoje tudo seria um imenso deserto. As histórias são quase as mesmas em todos os locais, burocracia e abandono. Um sinal de telefone celular é uma dificuldade para manter, até bem pouco tempo quase não se podia fazer uma ligação decente  por aquelas bandas, outro grande problema é a falta de sinal de internet, as operadoras da cidade não tem equipamentos por lá o que dificulta, e muito, a situação dos que querem fazer desta cidade um oásis de emprego e renda.
         A área é muito grande e poderia ser ocupada por muitas empresas não poluidoras e que preservassem o meio ambiente, porém fica cada vez mais difícil encontrar alguém que queira queimar dinheiro num local esquecido por todos os que deveriam ser os primeiros a dar o total apoio. Hoje o que se vê por lá é uma indústria madeireira que tenta se manter viva e que mesmo diante de todas as intempéries ainda gera mais de quarenta empregos diretos números que poderiam ser pelo menos quatro vezes maiores.
         Quem for ao Distrito Industrial de Humaitá Amazonas verá grandes silos que dão a impressão de que a cidade é um pólo de desenvolvimento, só impressão, ao chegar mais perto, o cidadão curioso poderá constatar com seus próprios olhos, “que a terra a de comer”, que o sonho verde do Amazonas que teria Humaitá como seu grande propulsor não passou de mais um pesadelo de barriga cheia, que refletiu uma época áurea, mas que não durou nem uma geração, os que plantaram nos campos naturais e produziam soja e arroz tiveram que deixar suas metas ou iriam morrer pelo Brasil, morrer duro e devendo.
         Como brasileiro não desiste nunca, ainda há os que remam contra as marés, enquanto isso o arroz nosso de cada dia, nossa couve, nosso maracujá, a grande maioria de nossas melancias, e até mesmo o peixe consumido em Manaus vem do estado de Rondônia, passando por Humaitá, pelo menos a Rodovia para o estado vizinho está prestando. Com a ponte o movimento por estas bandas deverá ser grande, mas de produtos passando pela cidade gerando renda para o reinado de Manaus deixando para o povo local, os buracos no asfalto e a poeira levantada pelas rodas do progresso, do estado vizinho.
         Habitantes do futuro que lerem esta matéria em bem pouco tempo, saibam que Humaitá já teve um Distrito Industrial. É serio!

Haroldo Ribeiro

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