Embora
saibamos que cada um deve fazer
o que quer de sua vida, os fatos que se sucedem
dia após dia nos dão conta de que a maneira de decidir sobre o futuro pode
trazer conseqüências catastróficas para o futuro. As tragédias que eram
constantes e ainda o são nas favelas e bairros periféricos do Brasil agora
invadem os melhores e mais caros imóveis nas áreas nobres das grandes cidades.
Uma
opção para a morte
“A escolha é a alma gêmea do destino” (Sarah
Ban Breathnach). O
Ser humano tem o direito de escolher com quem vai se relacionar há casos em que
estas escolhas podem ser revertidas ou mudadas, um amigo que decide enveredar
para o caminho do crime ou drogas pode simplesmente ser evitado, pode-se evitar
o caminho de sua casa, os lugares que ele freqüenta e até mesmo silenciar suas
ligações ao telefone ou mesmo emails apagados, mas se esta pessoa escolhida for
alguém que irá dormir com você na mesma cama?
O cuidado nestes casos deve ser ainda
maior, não se pode decidir com quem vai morar por impulso, ou por simpatia ou
atração física é necessário que haja uma bem e elabora pesquisa de caráter,
visita à família, aferição de ideologias e comportamentos. Durante curtos
espaços de tempo é impossível saber se o outro lado da história vai se encaixar
com o seu lado, por isto é necessário que a razão fale mais do que a emoção também
chamada de coração.
Os avanços constantes no mundo atual
fazem da velocidade uma característica intrínseca no humano comum do século
XXI, tudo tem que ser rápido como uma ligação de celular, ou a resposta de um
email, assim conhecer alguém e ir para a cama com este alguém é algo que é
rápido, das experimentações sexuais a vida em comum sem compromisso um pulo bem
pequeno é dado e o dia a dia vai dizendo se houve erro ou acerto na decisão.
Num belo dia um lado da história
resolve deixar o relacionamento e aí o perigo começa a rondar. Um lado acha que
tudo é ruim enquanto o outro pensa que estava agradando, um dia segue o outro e
um dos lados decide investir num novo relacionamento. O que pode vir depois de
tudo isto são atitudes que variam de uma simples tristeza a um sentimento de
nunca permitir que o outro lado seja feliz novamente, neste último cenário a
morte pode ser o desfecho do imenso quebra-cabeça que não se encaixa.
Elise Matusunaga, assassina confessa de
seu marido Marcos, era garota de programa, nestas condições deveria ser a
ultima das mulheres com quem alguém quisesse um relacionamento sério, uma
prostituta, por mais que lute, tem seus parceiros como grandes comparações, o
melhor e o pior estão sempre em suas mentes, não é possível dissociar estas
experiências, pois nem tudo são emoções negativas, Marcos tinha uma espécie de
compulsão por este tipo de mulher e já estava deixando a sua derradeira mulher
por outra do mesmo time, o que ele não esperava é que ela fosse dar um final
tão cruel à história dos dois. Segundo laudos da perícia ela o degolou enquanto
este ainda vivia após receber um disparo na cabeça, este fim estava escrito nas
estrelas, exatamente no dia em que viu a foto da prostituta na tela do computador
Marcos morreu como ser humano tendo a despedida do reino dos viventes marcada
para uns três anos depois, sua decisão fez com que a morte estivesse às portas
rondando sua vida como um presságio maldito.
Não foi por falta de avisos, sua família
o avisara dos perigos, ele deixou sua primeira mulher e embaraçou numa aventura
que teve como final uma morte horrível digna dos piores elementos. Sua
ex-mulher (a que fora garota de programa) aparece impávida, sem expressar
nenhuma reação e remorso sobre o ato cometido demonstrando que não era a melhor
das mortais, uma indicação de que a prostituta feita esposa era uma pessoa de
qualidade ruim é o fato de sua mãe não ter nenhum sinal financeiro de ajuda
dada por uma filha, que ao tudo indica tentou esquecer seu passado.
Mas o mundo girou e mais uma vez um
fato estarrecedor invade a mídia, desta vez a irmã de uma socialite que vive de
cirurgias plásticas e de aparições na impressa, coisa que não deixa ninguém melhor
em conceito, mas que é a meta de muito seres vazios. Pois bem Angelina
Filgueiras, irmã de Ângela Bismarchi, entrou num relacionamento sério como Márcio
Luiz Fonseca, militar da Marinha, os dois tiveram um casamento conturbado e
acabaram se separando, tudo teria ficado por aí se o militar não perseguisse
sua ex-esposa e fizesse constantes ameaças, mas o que a última condição tem a
ver com a primeira citada acima, tudo, ela também teve a chance de escolher,
embora o marido não fosse um pervertido na concepção social era um possessivo
que ao desfrutar do relacionamento com a policial não se conformou com a
separação, para ele sua mulher lhe pertencia e não poderia ser de mais ninguém.
Será que ele não deu nenhum sinal de violência antes do relacionamento tomar
outros rumos? Certo é que tudo o que fazemos na vida em relação às escolhas que
resolvemos tomar seguem com suas conseqüências boas ou ruins. Quanto mais
analisamos uma situação menos erros teremos cometidos no futuro.
Como tristes resultados temos: um homem
esquartejado no primeiro caso e uma mulher, possivelmente suicida no segundo experimentando
o dano definitivo da morte tendo seu marido ao seu lado no destino fatal
tramado por um homem que não podia se conformar em ser um perdedor. O namorado
de Angelina afirma ter agido em legítima defesa, sua situação não deve ser
complicada. Quem perdeu foi Angelina, pois do militar resta o destino que
realmente procurou quando saiu armado de casa para acabar com a vida do
namorado de sua ex, alcançou apenas o final antecipado de sua própria existência.
Angela Bismarchi é um capítulo a parte,
não foi ao enterro da irmã, ela é “forte”! Alguém que se ama e se perde deve
ser honrado, pelo menos em seu ultimo minuto, dinheiro e fama vem em primeiro
lugar para este povo, isto não é força é fraqueza de caráter, lições que estão
sendo passadas para a próxima geração.
Haroldo Ribeiro
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