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sexta-feira, 23 de março de 2012

Açúcar no rio, terror na balsa


                    Aproximadamente 2h30min, em Humaitá
o silêncio só é cortado por automóveis que trafegam em espaços longos de tempo, no rio o único barulho é o da correnteza forte impulsionada pela chuvas comuns a esta época, pouco depois do porto da cidade uma balsa conhecida vai atracar no popular porto do Pindoba, ela levará  a doçura para milhares de lares sua carga é composta de quinhentas toneladas de açúcar.
                O rebocador se aproxima, mas parece que há algo de errado, seus motores não estão vencendo o ímpeto do Rio Madeira, algo de muito grave vai acontece. No convés os práticos e todos da tripulação composta de cinco pessoas começam a temer pelo pior, neste instante a balsa está a deriva. Os ocupantes da embarcação começam a ver o porto da cidade, ele está ficando cada vez mais próximo, não pode ser feito nada o choque será inevitável, o rebocador começa a ficar instável, ele vai tombar, no meio de quatro homens a cozinheira é a única mulher presente, ela começa a pedir para que Deus na permita o pior.
                O choque inevitável acontece o impacto lança as águas do grande Madeira a doçura do mel tirado da cana, o rio está doce, amargurados estão todos os tripulantes que vêem o grande prejuízo lançado as águas impetuosas. A cozinheira é lançada as águas, ela se apega a uma tábua de salvação e as águas a levam para bem longe, ela é regatada e sente que nasceu de novo. O porto da cidade passou pelo seu maior batismo de fogo, ele não se moveu um centímetro de seu lugar, absorveu todo o impacto e evitou que piores conseqüências acontecessem.

Haroldo Ribeiro


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