A sessão da câmara depois do
pronunciamento
bombástico de Herivaneo Seixas admitindo aliança com Dedei Lobo
foi o que poderia esperar, conturbada e polêmica, parte do que representava o
parlamentar perdeu-se, suas muitas investidas no cenário como pretenso
candidato, e um candidato forte, agora dão lugar a uma oposição quase que
perdida procurando um nome que possa substituir o de seu antigo campeão.
Herivaneo gastou boa parte de seu tempo para justificar
sua união com o atual prefeito, ele disse que sua aliança com Dedei pode
necessariamente não representar uma possível candidatura a vice-prefeito, mas
que se for um vice será um daqueles atuantes que fazem mais do que esquentar
cadeira, afirmou que ser vice num segundo mandato é mais propício para se
realizar alguma coisa para o bem do povo. O vereador do povo, como é chamado
também admitiu que poderá concorrer a vereador novamente e que o maior motivo
que o fez desistir da candidatura a prefeito é o fato de estar politicamente só
em relação às grandes lideranças de Manaus, admitiu que existem horas em que é
necessário perder para ganhar e não admite que andem falando que ele tenha se
vendido para a situação. Ele falou de seus feitos como vereador que o
credenciam para continuar na vida política da cidade.
Depois de Herivaneo de forma intercalada foram falando
Joel Guerra, Rademarker e Terrinha, ora defendendo, ora mostrando os defeitos
da administração no caso de Joel Guerra. Toda a vez que Joel tece algum
comentário fatos da gestão passada são jogados em sua cara sem dó nem piedade.
Todos os que fazem a defesa de um lado e de outro são bons na arte da
argumentação, de sorte que quando Joel ataca a atual administração, faz isto de
forma convincente, porém quando Rademarker ou Terrinha atacam a administração
antiga também fazem ressoar comentários a favos por parte de quem está na
galeria.
Joel Guerra disse que pela última vez falaria da decisão
de Herivaneo, a que se referiu como uma atitude impensada e de repercussão
negativa, afirmou também que não é necessário ter o apoio do governo e deu como
exemplo o caso de marquinhos do Apuí. O presidente da câmara defendeu-se ao
dizer que Marquinho tinha a força de Serafim Correa, que era prefeito de Manaus
e de seu filho Marcelo Serafim, Deputado Federal, e que hoje não dispõe de armas
para lutar contra o poderio de Manaus.
Haroldo Ribeiro
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