Porto Velho, primeiras horas da manhã
de terça-feira, um rapaz Hely Cesar Evangelista, de apenas 17 anos, faz sua costumeira travessia, ele vai para seu curso pré-vestibular, todos afirmam a uma só voz que ele é um excelente aluno além de muito educado. Por conta de um erro do estado ele foi obrigado a ir morar com sua família do outro lado do rio, antes ele tinha uma fonte de renda, um lava - rápido que ficava próximo ao TRE. Ele e sua família foram indenizados com um valor muito baixo, como os imóveis estão pela hora da morte eles foram morar para o lado de lá do Madeira.
de terça-feira, um rapaz Hely Cesar Evangelista, de apenas 17 anos, faz sua costumeira travessia, ele vai para seu curso pré-vestibular, todos afirmam a uma só voz que ele é um excelente aluno além de muito educado. Por conta de um erro do estado ele foi obrigado a ir morar com sua família do outro lado do rio, antes ele tinha uma fonte de renda, um lava - rápido que ficava próximo ao TRE. Ele e sua família foram indenizados com um valor muito baixo, como os imóveis estão pela hora da morte eles foram morar para o lado de lá do Madeira.
Quem
mora na região rural, mas precisamente do lado oposto a Porto Velho, no local
que será ligado com a ponte que está sendo construída convive diariamente com
um descaso quase que total da prefeitura e do estado, por não ter escolas
apropriadas eles têm que fazer a travessia e ir para o outro lado buscar um
futuro melhor. Entre este futuro e a realidade existe “uma pedra no meio do
caminho”, ou melhor, uma balsa. Foi justamente nesta balsa que Hely estava
quando ao chegar a Porto Velho a balsa foi direcionada num local indevido e ao
chocar-se com um barranco este veio desmoronar caindo em cima da proteção onde o
rapaz estava. Com o impacto a estrutura foi abaixo e o jovem foi esmagado vindo
a morrer na hora.
Quando
o resgate chegou já não dava mais para fazer nada e o rapaz que só queria ser
alguém na vida morreu sem desfrutar do melhor dela. A balsa vai continuar sua
travessia, a ponte um dia, felizmente vai substituí-la, o que não dá pra trazer
de volta é a vida de Hely Cesar Evangelista, uma existência perdida num
barranco qualquer, um barranco “irresponsável”.
Haroldo Ribeiro
Foto Eduardo Xíxaro
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