Empregar é desenvolver toda a engrenagem de um país,
incentivar a geração de emprego faz com que uma cidade, estado ou nação rume ao
desenvolvimento duradouro e propulsor. As cidades do interior do amazonas quase
sempre têm que depender dos contracheques das prefeituras e das autarquias
estaduais ou federais para se manter, assim tudo o que sai desta lógica deveria
ser mais valorizada por parte principalmente dos municípios.
Diferente
de outras localidades do Amazonas, Humaitá conseguiu ter fontes de renda para
seu povo vindas de iniciativas de gente que acredita em seu potencial. O Setor
Industrial, que fica depois do Bairro de São Domingos Sávio tem gerado empregos
e sobrevivido às intempéries econômicas e aos avanços e retrocessos dos ciclos
que chegam e vão embora.
Numa
época em que a soja começava a caminhar na região foram construídos grandes
silos que não só beneficiariam a cereais diversos produzidos por aqui como
também gerariam emprego e renda para milhares de cidadãos amazonenses. Os
tempos passaram, as práticas foram abandonadas e sobraram prejuízos para quem
acreditou na história de sucesso que se escrevia.
No
mesmo Distrito industrial outro grupo de brasileiros trabalhador e cumpridor de
seus deveres, na sua grande maioria, começou a ser tratado como verdadeiro
bandido e mal caráter. Os madeireiros viraram da noite para o dia de
trabalhadores e desenvolvedores de um país em gente da pior espécie, vieram às perseguições
e a culpa por toda sorte de desequilíbrio ecológico que foi colocado nas costas
de quem vive da madeira e o resultado foi muita gente indo para a rua e o
desemprego generalizado.
No
Distrito industrial a grande maioria das empresas trabalha com a madeira vinda
da floresta e dela gera sustento e desenvolvimento, agora depois de tanta
perseguição os madeireiros que conseguiram por milagre escapar da caça as
bruxas vivem de produto de manejo, uma forma ética e certa de explorar o
recurso da floresta sem prejuízo ao meio ambiente.
Criaram-se
regras difíceis de cumprir, documentos quilométricos a serem preenchidos e o
lucro da atividade diminuiu, para piorar toda a situação o Setor Industrial de
Humaitá vem sendo abandonado por sucessivas administrações. Na semana passada
os empresários do setor, uniram-se e ajeitaram a via que dá acesso ao local. Como
mostramos em matéria anterior, eles pediram a prefeitura para que fizesse a
realização das obras, mas não foram atendidos, cansados, fizeram uma cota entre
eles e por conta própria realizaram a melhoria da estrada e usando máquinas de
um dos associados. com exceção do cascalho que já estava lá há muito tempo
fornecido pela administração do município, o resto foi tudo por conta dos
empresários.
O
estado do Amazonas é guloso, quando se fala em arrecadar impostos, agora uma
mercadoria é monitorada e o imposto é pago antes mesmo do produto ser vendido,
tudo seria muito justo se o retorno viesse à sociedade, mas quase tudo o que se
arrecada fica na capital sobrando os dedos lambidos aos municípios do interior
que tem os prefeitos com o chapéu na mão pedindo “uma esmola pelo amor de Deus”,
ao todo poderoso governador do estado. Se o governo não fizer a sua parte e os
empresários continuarem a fazer o que é de sua responsabilidade logo não haverá
Distrito Industrial, empresários e empreendedores, todos estarão nas
intermináveis fila do Bolsa-família, Bolsa-Floresta, Auxílio Defeso ou outra
modalidade de ajuda social. Espera-se que ainda dê para sair-se do fundo do
poço sem precisar da corda puída do poder público.
Haroldo Ribeiro
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