Caminhar na praça é relaxante, na verdade é uma das melhores experiências nos fins de tarde na cidade, porém durante muitos anos Humaitá pareceu não levar em conta o fato de que pessoas que não dispões dos movimentos nas pernas também merecem ter acesso a felicidade.
Um dos cidadãos deste município encravado no sul do estado que mais vive em harmonia com a vida é o popular Julinho, poucos são aqueles que não o conhecem. Quem não o viu andando em sua cadeira de rodas pelas ruas da cidade, sempre gargalhando e feliz. Essa felicidade poderia ser maior se na hora de fazer a calçada nova da 5 de Setembro tivessem pensado em gente como ele.
Se os responsáveis pela obra tivessem um cadeirante em suas casas, com certeza pensariam duas vezes antes de fazer um serviço sem lembrarem que pessoas especiais como o Julinho estariam muito felizes por poderem desfrutar de mais esta alegria. O que é pior nisto tudo é que fazer esta pequena rampa não iria aumentar o custo da obra em nada.
Estando o cadeirante já encima da calçada feita poderá descer à praça, pois foram feitas rampas para isso o que já é um avanço, porém não fazer as rampas de acesso da rua para a calçada foi um lapso imperdoável.
A tarefa de todo o governante que se presa é fazer a vida do povo que ele representa melhor e mais fácil, porém em certas cidades impera o velho refrão da “farinha pouca, meu pirão primeiro”, no reino dos que podem mais e choram menos, entretanto acreditando que há uma recompensa para quem é bom e o oposto para o contrário, estes maus humanos hão de chorar pelo mal que cometeram e pelo bem que deixaram de fazer durante muitos séculos.
Haroldo Ribeiro
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