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terça-feira, 18 de maio de 2010

PROCURA-SE UM PAI


            
O número de mães que cuidam sozinhas
de seus filhos tem aumentado a cada dia, valorosas, elas são obrigadas a arcar com toda a educação de seus filhos sozinha, pois muitas têm sido abandonas por seus companheiros ainda quando descobrem que estão grávidas, ficando a mercê de um futuro duvidoso que as obriga a interromper muitas vezes os seus estudos para se dedicarem a arte divina de ser mãe.

As causas do aumento deste mal são muitas, entre elas o avanço do sexo descompromissado. Muitas garotas têm relacionamentos com muitos rapazes ao mesmo tempo e depois têm dificuldades para saber quem é o pai; há casos em que a moça insiste em não usar preservativo, pois pensa em estabelecer um vínculo permanente com o parceiro por gostar dele e faz de tudo para ter um filho seu; outras casam com sinais de que o futuro marido será um péssimo companheiro, é alertada por seus parentes, principalmente mãe, e mesmo assim insiste e acaba ficando só, com dois , três, ou mais filhos.
A mãe solitária consegue levar a vida de forma dolorida, todos os dias é cobrada por si mesma: - Porque eu fiz esta besteira? Os parentes também a culpam sempre, e assim uma profunda angústia vai sendo instalada no coração enfraquecido a todo o instante.
Quando está grávida e em meio a um processo intenso de bombardeio interno e externo, a futura mãe vai transferindo ao feto parte de sua angustia interior, dentro do ventre a criança já sente a falta de uma voz masculina que possa ser identificada como pai.

Com o crescimento do filho os problemas só se avolumam, pois vendo outros que possuem pais presentes, este pequeno ser já pensante, pensa, porque eu não tenho um pai? A pergunta ecoa no universo minúsculo de sua mente e uma intensa sensação de rejeição vai surgindo angustiando a mãe que na tentativa de suprir a necessidade de seu filho tenta relacionamentos que tragam para casa a figura masculina, se no decorrer da inquirição da criança, ela vem a descobrir que seu pai morrera, há uma acomodação, já que a morte é um caminho difícil, mas comum a todos, porém se descobre que há um pai próximo que não quer vê-lo a situação se complica e a criança pode se tornar mais rebelde e introspectiva.
Na substituição pai-vô, o problema diminui um pouco de intensidade, entretanto por já ter passado o tempo de educar filhos, os avós costumar a ser permissivos demais, tiram a autoridade da mãe e fazem com que o neto não tenha a devida firmeza emocional para tomar decisões difíceis.

Um lado sombrio da história acontece quando outro vem substituir a figura do pai que está ausente. Algumas vezes por não ter vinculo especifico firmado com o enteado ou enteada, o novo pai que muitas vezes é assimilado como tal, abusa da autoridade, abusa sexualmente causando um trauma ainda maior, não são incomuns os casos de pedofilia envolvendo novos parceiros de uma mãe abandonada. Muitas vezes por medo de ficar só, a mão finge não ver o abuso ocorrido contra os filhos, com o fim de manter as aparências, fazendo assim ela tenta tirar de si a culpa e o trauma de não conseguir ficar com o homem que deixou um filho em seu ventre e fugiu.

A sociedade que tem incentivado a separação, a liberdade feminina, o sexo livre, não tem soluções para os casos de crianças afetadas. Resta aos seus defensores cuidar do imenso exercito de gente doente que vai para as ruas todos os dias por falta de alguém que no português mais comum tem um nome bem pequeno, mas que representa um diferencial entre a vida e a morte, pai... Isto mesmo P-A-I.


Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com
foto: familiaschwingel.nireblog


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