O abada foi uma forma encontrada de ganhar dinheiro mesmo que as pessaoa brinquem o carnaval na rua,
na verdade esta roupa especial é a senha de entrada na folia, quem não estiver a caráter não entra pois existem cordas que são puxadas em volta do trio elétrico que não permitem a entrada de penetras, comuns em todo o tipo de festa.
Como estas vestimentas são vendidas antecipadamente, era de se esperar que imitações pudessem ser feitas para permitir que pessoas que não pagaram pelo serviço possam estar no meio da multidão com um abadá falso ou roubado.
Na Bahia, terra de Sangalo, Claudia Leite, Chiclete com Banana entre outros, a falsificação e o roubo de abadá que podem custar até 1500 reais cada um, ou mesmo ser vendidos por 1500 dólares no dia da festa serão controlados por um sistema que faz com que o verdadeiro dono da camiseta seja identificado através de um microchip, um luxo para poucos.
Em Humaitá, um abadá do Beijo na Boca, por exemplo, pode custar 40, ou 50 reais, bem menos que o dos nossos irmãos baianos, entretanto com a força que a festa tem todos os anos as ruas da cidade lotam para receber turistas de várias partes do país que querem brincar por aqui.
O grande problema é que outras pessoas que não pagaram para entrar também querem desfrutar na multidão, de momentos de folia e “piseiro”, mas não querem pagar pelo serviço. No ano de 2010 alguns foliões foram ameaçados de morte e tiveram que entregar seus abadás para outras pessoas, isto aconteceu com a faca no pescoço. Como não se pode vigiar todo mundo, o conselho que se dá é que os que forem participar da festa procurem não beber antes da hora, trafegar sempre por vias claras e se puderem usar a roupa no local e depois voltarem para casa com outra, quem assim fizer estará zelando pela própria vida.
Haroldo Ribeiro
imagem: abril.com
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