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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Trânsito, levando o problema nas costas

O trânsito na cidade de Humaitá está ficando cada vez mais caótico,
 com o aumento do número de veículos, principalmente motos ter um acidente não é mais algo tão difícil de acontecer. Se acompanharmos os noticiários da cidade em suas várias formas de divulgação perceberemos que as mortes decorridas de falhas humanas aliadas a altas velocidades, consumo de bebidas alcoólicas, menores ao volante e imperícias de toda espécie chegaremos a conclusão que se não houverem providências rápidas algo de muito ruim acontecerá, não de uma vez como uma profecia apocalíptica, porém pequenas em forma de tragédias com intervalos cada vez menores.

Um dos grandes fatores que também são aliados das grandes perdas humanas que sofremos todos os dias é o problema das super-quadras. É simples, Brasília tem as super-quadras como um fator de aceleração do trânsito, pois é uma cidade planejada, e por isso tudo o que foi feito por lá foi algo que melhorou a vida das pessoas do local. As vias geralmente não têm cruzamentos o que facilita a vida de todos.

Em Humaitá o problema é grave, pois as super-quadras obrigam o motorista a fazer um grande círculo caso erre o ponto onde deve parar. Se tomarmos, por exemplo, a Cinco de setembro, principal via comercial da cidade, perceberemos que se alguém guiando um veículo quiser parar no Banco do Brasil e por algum motivo estacionar no Supermercado ABC, este deverá seguir até o semáforo e então terá duas alternativas, ou segue pela 29 de Agosto e dobra a esquerda depois entra na S1 faz a curva na Travessa DNER para enfim chegar na 5 de novo ou segue pela Rua Getúlio Vargas, faz a curva na Avenida Gusmão, dobra na Rua das Flores a esquerda e depois entra na Rua Municipal para chegar na 5 outra vez... É muita coisa!

Neste caso citado como em outros locais a constatação é a mesma, o mau planejamento faz a sua parte no desrespeito ao trânsito, assim, no trecho da 5 de Setembro compreendido entre o semáforo até o Bradesco, a questão de se dirigir na contra-mão chega a ser um caso sério de polícia, porém sem fiscalização e multas duras nada acontece.

Para efeito de vias de trânsito o modelo ideal para a cidade seria o praticado na Vila Cumaru, no centro, onde as quadras são bem pequenas, permitindo que se façam trajetos bem curtos evitando-se a utilização da contramão e conseqüentes problemas de trânsito cada vez mais corriqueiros por aqui.

A grande pergunta que não quer calar é: Quem é o responsável pelo trânsito na cidade de Humaitá. Por não termos respostas o prefeito leva a cacetada toda sozinho.


Haroldo Ribeiro
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