COMEÇAM AS DISCUSSÕES SOBRE OS PREJUÍZOS TRAZIDOS PELAS HIDRELÉTRICAS
A construção de duas usinas no estado vizinho está preocupando as autoridades de todos os municípios da calha do Madeira.
Em Humaitá já começaram as discussões em torno das compensações que o município tem direito por conta das mudanças que aquelas obras irão causar.
O custo social já pode ser sentido, estima-se que pelo menos 1000 humaitaenses, a maioria do sexo masculino já estejam na capital de Rondônia em busca de melhores condições de vida, muitos voltam, mas não para ficar, eles levam daqui toda a família deixando a cidade sem as suas competências profissionais.
Hoje para se conseguir um pedreiro ou carpinteiro na cidade é um grande sofrimento, ninguém quer mais trabalhar quase de graça enquanto em Porto Velho as coisas estão muito melhores.
Na reunião dessa quarta-feira, 09, realizada no gabinete do presidente da Câmara Herivaneo Seixas e contando com a presença de Dedei Lobo, Carlos Evaldo Terrinha vice-presidente, além de outras autoridades do município as discussões giravam em torno de tornar a coisa o mais favorável possível para todos os municípios prejudicados.
Dedei Lobo afirmou que unindo os municípios a força para se conseguir alguma solução mais viável aumentaria, haja vista que Humaitá sozinha conta com quase 45 mil habitantes e na união de todos os municípios esse número pularia para mais de 200 mil.
Terrinha elogiou a atitude de Dedei confirmando que este era o caminho para a melhoria da condição de todos os prejudicados, no caso as cidades que são banhadas pelo Madeira. Decidiu-se por um levantamento imediato das condições sócio-econômicas e ambientais para, assim, existir um estudo sólido que compare o antes e o depois facilitando ações futuras em favor dos prejudicados.
Herivaneo fechou dizendo que um linhão de energia seria a compensação ideal, além das outras para que o município viesse a ter um crescimento sólido e permanente.
A vida vai seguindo, porém em Humaitá existem homens preocupados com o futuro da cidade, e tudo indica que não vão deixar o prejuízo ficar sem uma reparação
Haroldo Ribeiro
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