sejam elas públicas ou não têm que por obrigação uma inspeção prévia e um acompanhamento rigoroso para que no futuro não venham causar prejuízos e até mesmo o dano irremediável da morte. Não é isso o que acontecia em Humaitá até bem pouco tempo.
O único que tem feito algum tipo de verificação nesta área, porém em caráter precaríssimo é o Sr. Enoch, representante do CREA local. Com uma moto e uma prancheta, o fiscal já meteu a caneta em muitas obras na cidade, porém alguns até riem de suas laudas e desmerecem o seu importante trabalho. O resultado não demora a aparecer.
Desta vez eu mesmo fui vítima de tal constatação negativa, pois morava ao lado de onde um edifício de quatro pavimentos ameaça desabar, e isto em poucos dias. Deve-se ressaltar a atitude positiva do poder público municipal que após saber do caso colocaram uma grande equipe de pessoas para isolar a área evitando complicações futuras.
Humaitá não pode mais ser vista como uma cidadela, como afirmou o seu prefeito Dedei Lobo em discurso recente, a cidade é o município fora de Manaus com a melhor logística do Amazonas. Após a construção da ponte sobre o Madeira e com as melhorias na BR 319, tudo indica que teremos um boom de crescimento jamais visto por aqui. Nem tudo são flores e fatos como estes vistos na Rua 5 de Setembro poderão facilmente se tornarem comuns como ocorrem no nordeste brasileiro, mais precisamente em Salvador e no Recife.
No local citado existe uma construção que foi feita a toque de caixa e não respeitou qualquer tipo de norma. Sapatas foram mal estruturadas,o concreto da base foi usinado com pedra de seixo, além de tudo isso a quantidade de cimento usada na construção desperta duvidas, pois está esfarelando e pode ser comprimido manualmente.
Esperamos que fatos como estes não se repitam mais, nas novas construções que pipocam por toda cidade, porém se a propina e o jeitinho brasileiro continuarem a funcionar, um dia os próprios responsáveis poderão estar comendo capim pela raiz, vítimas dos seus próprios descasos.
Haroldo Ribeiro
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