Crime, tráfico, roubo, furto, assassinato e prisão.
Parece fácil este roteiro, mas por trás de tudo de ruim que alguém pode vir a cometer, por diversos motivos, existe uma história de alguém que tem família; família esta que não pode abandonar seus entes queridos e odiados pela sociedade.
A cadeia e penitenciária não são um lugar para a vida toda, ao contrário, a torcida é que todos os que ali estão possam sair para as ruas e não mais voltar. O ódio de parte da sociedade por todos, ou a maioria dos que ali estão não resolve o problema, pelo contrário acarreta mais ódio e reincidências para a prática do mal.
Em Humaitá, o Sargento Eloi, tem feito um excelente programa com os presos aos seus cuidados, com recursos pequenos ele tem procurado tornar melhor a situação para quem cumpre a pena, possibilitando uma reinserção do preso na vida em sociedade. Além de apoiar o ensino regular dentro dos muros da prisão, ele também incentiva a ocupação dos detentos com algo produtivo e que eleve suas alto-estimas. Os presos já fazem cadeiras, bancos, redes, artesanato e vários outros artigos que são desejados do lado de fora da prisão, mas não para por aí, uma horta já foi feita e aprovada, a coisa deu tão certo que um espaço dos lados de fora já foi providenciado para que tudo se concretize.
Mas nem tudo o que se faz de bom tem a aprovação de todos, num determinado dia alguns evangélicos de uma determinada denominação foram ao presídio e levaram uma piscina móvel para fazer o batismo de cinco presos, todos sabem que não há um espaço, ou tanque para que isto seja feito dentro da prisão, alguém tirou uma foto e divulgou no FACEBOOK dizendo que os presos estão em férias num paraíso e não dentro de uma prisão. Depois de acontecido o ritual religioso a piscina foi desmontada e a vida continuou do mesmo jeito, preso é preso e livre é livre.
A equipe responsável pelo presídio de Humaitá tem feito o máximo possível para manter a disciplina e evitar fugas no presídio, no dia 20, sexta-feira, houve uma vistoria externa, de praxe e detectada então algumas grades que foram serradas, elas estavam prontas para dar escape a alguns detentos nas celas 1,2 e 6 do pavilhão B, após a confirmação dos problemas a solda foi providenciada, e, antes de 13h00min tudo estava resolvido. Preso quer fugir e a direção tem que prover o meio de fazer com que os rigores da lei sejam cumpridos. Logo após estes reparos uma determinação judicial fez com que houvesse uma revista; revista esta realizada segundo reza a Lei de Execuções Penais com a presença de membros da justiça, direitos humanos e autoridade policial.
O sargento Eloi, diretor da instituição sabe das dificuldades de se manter uma prisão, também evita ficar falando de falta de condições ou outros problemas, o governo não é por ele criticado ou desonrado, este cidadão resolveu fazer o melhor com aquilo que possui nas mãos, força de vontade, coragem e honestidade; este tipo de atitude, que é apoiada pelos juízes da cidade e também pelo Major Claudenir, Comandante da 4ª CIPM tem feito a penitenciária ser menos deprimente e mais harmônica. Quem quiser ajudar contribua com idéias, quem acha que tudo é um paraíso, fique alguns dias dentro de uma cela, comendo e bebendo as custas do governo, pode vir, é de graça!
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Haroldo Ribeiro |
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