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terça-feira, 10 de julho de 2012

Sem teto vão à casa do prefeito em busca de socorro



          Quase cinco horas da tarde, um aviso dava conta
de que sem teto revoltados iam em direção a casa do prefeito Dedei Lobo, que estava em Manaus resolvendo questões de sua nova campanha política. Na Chácara onde só sua família estava, vários policiais militares já esperavam os manifestantes junto com guardas municipais e para garantir a lei e a ordem.




      
            Os sem teto vieram de moto, carro e a grande maioria num caminhão apinhado de gente eles desceram e chegaram próximos a casa do prefeito, mas não puderam ir mais em frente, não todos, somente sete deles puderam falar com a esposa do gestor da cidade. Eles estavam revoltados por terem recebido a visita de oficiais de justiça que disseram que no dia de terça, 10 de julho terão que abandonar seus barracos no terreno pertencente à família do Dr. Ubiratã, pois uma ação de reintegração de posse deverá ser realizada no local em que estão.




            Na última vez em que se reuniram com o prefeito foi costurado um acordo entre eles e o proprietário, neste acordo ficou estabelecido que a prefeitura faria de tudo para adquirir a propriedade e depois reparti-la entre os que não tem realmente nenhum imóvel na cidade, algum tempo se passou e os sem teto foram até o local e começaram a construir suas casas. Com a visita dos oficiais a revolta tomou conta deles, que foram até a casa do prefeito tentando a qualquer custo resolver a questão.






            Quando o Cabo França organizou um grupo de líderes para falar com a primeira dama Arnaldina Chagas ela os atendeu  numa sala anexada a um chapéu de sol onde o prefeito costuma reunir-se com seus amigos e partidários. Já dentro do ambiente o clima ficou tenso e dona Arnaldina estava visivelmente nervosa, pois até então nunca sua casa sofrera tamanha pressão popular. Na conversa os manifestantes demonstraram um incontentamento pelo motivo de ter que sair de uma terra, que, segundo eles já lhes estava destinada, uma das herdeiras da propriedade  chegou até mesmo até ao local e deu a sua palavra de que tudo estava resolvido, porém a visita dos oficiais de justiça desmentia tudo.





            Houve um impasse de mais de meia hora entre os revoltosos e a primeira dama que só repetia que não tinha nada a ver com toda a situação, pois não participara da reunião em que seu marido esteve com os manifestantes, a única coisa que ela poderia fazer era entrar em contato com seu esposo e ele daria uma solução para o caso, ela falou com ele que disse por telefone que na quinta-feira estaria na cidade para resolver a situação. Esta resposta não agradou a maioria, pois no dia seguinte seriam despejados. A voz mais veemente entre todos era do pastor Guacir da Assembléia de Deus Tradicional que se sentiu ofendido por haver soldados armados para recebê-los, ele disse que não era necessário tudo aquilo e que apenas soldados fardados já seriam suficiente, mas o Cabo França lhe disse que se na profissão do pastor existiam ferramentas para executá-la na sua estas eram as armas. Felizmente não houve confrontos e o prefeito chegou a falar via celular com um dos manifestantes e prometeu estar com eles na prefeitura na quinta-feira as 11h00min.




            Sem poder fazer mais nada os sem teto foram embora sendo instruídos a desmanchar seus barracos para que não sofram nenhum tipo de prejuízo na ação da justiça programada para a manhã de terça-feira. Houve uma tentativa entre os que não possuem um teto de que a decisão de expulsá-los do terreno seja protelada até a quinta-feira, quando o prefeito deverá estar na cidade, porém nada foi conseguido


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Haroldo Ribeiro

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