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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ILUSTRES INVISÍVEIS

                Um dos critérios para se definir se um país é ou não é de 1º mundo, traduz-se pela limpeza de suas cidades, a educação do povo em mantê-las limpas e outras variantes que medem o grau de evolução de um povo.
                Não há limpeza sem haver quem limpe, conserve faça a varrição, enfim, tudo o que cerca o asseio de um povo. Só pelo fato de garantir um cheirinho gostoso no ar já mereceria por parte da população o maior respeito por quem presta este importante serviço, entretanto estes profissionais que fazem este trabalho tão valorizado principalmente se deixa de ser feito, não conta com a simpatia da maioria da população.
                Há alguns meses atrás o âncora da Rede Bandeirantes Boris Casoi, pensando que estava fora do ar no jornal que apresenta todos os dias demonstrou desdém pelos garis quando numa propaganda de fim de ano estes demonstravam seus desejos de feliz natal e de bom ano novo a todos. O comentário de Boris ridicularizava a classe como se deles nada de bom pudesse vir.
                A grande verdade que deve ser dita é que a atitude de Boris Casoi revela o que está escondido nos corações de muitos brasileiros que quando seus filhos são pequenos dizem:
- Estude senão você vai ser lixeiro quando crescer!
- Desse jeito você vai ser empregada domestica!
- Você nunca vai ser nada na vida. Quer ser engraxate?
                Em Humaitá, como não poderia deixar de ser o preconceito também se revela. Uma conversa informal que tivemos com funcionárias da UFAM (Universidade Federal do Amazonas) revelou que entre os Professores a grande maioria fala e cumprimenta quem trabalha na faxina, entretanto entre os alunos, a maioria esmagadora nem cumprimenta os funcionários e outros fingem não percebê-los.
                No processo discriminatórios o que é difícil de digerir é que muitos têm alguém na família que trabalham ou trabalharam nessa atividade, outros moram em residências inferiores aos que se dedicam a arte da limpeza.
                O microcosmo da UFAM e da cidade de Humaitá, revela o macrocosmo brasileiro “terceiromundista” em que os garis e faxineiros são invisíveis demonstrando para todo o mundo que ainda estamos longe de sermos seres humanos melhores.

Como é essa realidade em Montain View, Seatle, Bangkok e Santiago?
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Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com
foto: gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_complet...
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