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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

MINC CONTRA TODOS... OS POVOS DA FLORESTA



                 Do meu apartamento em Copacabana penso... O que posso fazer pelo povo do Amazonas? já sei! Vou evitar que a mata seja derrubada, vou proibir a matança dos jacarés, não permitirei que se criem bovinos, não vou deixar fazer a 319, isso jamaaaiiiis! Vou investir em portos, viagem de barco é uma maravilha!!! Já pensou, três dias, quatro dias dentro de um pequeno barco cheio de calor humano. (e de vez em quando uns puns também) È a glória!!! Viva o povo do Amazonas!
                Canetas assinando tratados e condições é algo muito bom, bonito, viver sob os holofotes e flashes das poderosas máquinas fotográficas hollywoodianas, realmente é muito lindo, entretanto estar na condição de sub vida a qual está sujeita a população que menos prejuízo deu até hoje ao meio ambiente e por isso é tratada como um nada no mundo, não é fácil.
                Queremos ver o Minc e quem sabe a Marina Silva ficar dois, três, quatro anos na floresta, com ponte derrubada, com índio cobrando pedágio, com cobra picando os pés de nossas crianças lindas e pacíficas, com mulheres fazendo plantão a beira do lago pra não ser devorada por jacarés de seis metros de cumprimento, aliás, a única coisa que tem crescido por aqui.
                Já não é permitido retirar a madeira, os planos de manejo demoram a vida do urubu pra sair. O cara pede o plano novo de idade, vai pro caixão , é enterrado e o plano não sai. Enquanto isso neguinho vai pra Europa de primeira classe, com fala pausada e elegância sublime e lordeana, falar em tom impressionista e emotivo das glórias do Amazonas.
                Nós da floresta queremos dizer ao Senhor Ministro e aos demais donos do país que chega! Queremos ser tratados como verdadeiros cidadãos de bem e honrados, que é o mínimo que merecemos.
                Enquanto vocês não se decidem por nós continuaremos sendo comida de jacarés, isca de cobras, pregos para receber madeiradas como martelos de arvores velhas caindo sobre as nossas cabeças, vendo nossa vida indo embora com nossos filhos e netos que vão à cidade grande engrossar as favelas.
                Talvez um dia Minc a gente se encontre por aí, reze por isso porque depois da morte vai ser difícil a gente se ver no céu.


Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com
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