ÍNDIOS DO AMAZONAS COM FACULDADE INTERNET E BOA ORATÓRIA

 Durante muito tempo se pensou que vindo ao Amazonas se encontrariam índios perdidos na floresta sem nenhum tipo de cultura, jogados à própria sorte. Na verdade engana-se quem assim raciocina, pois eles estão cada vez mais integrados ao mundo globalizado, e, indiscutivelmente alguns deixarão seus costumes mais rudimentares, pois o mundo que se descortina aos nativos é milhares de anos mais avançado que suas maiores aspirações.

Até mesmo a sociedade dita civilizada ocidental tem mudado radicalmente em seus costumes, haja vista os namoros cibernéticos, as trocas de emails as salas de bate-papo e outros subterfúgios jamais sonhados em bem pouco tempo atrás. Se nós mudamos, imaginem eles!

Para ajudá-los a fazer um intercâmbio com os demais cidadãos sem destruir totalmente sua cultura, estão sendo feitas em nosso estado através do governo envolvido pelo instrumento da UEA (Universidade Federal do Amazonas) cursos que visam formar profissionais gabaritados na cultura indígena para lidar com suas questões de uma forma mais justa e menos invasiva.

Atualmente só nas cercanias de Humaitá são falados cerca de cinco idiomas indígenas diferentes, para evitar que essa rica cultura se perca, pedagogos das próprias etnias e outros que respeitam suas diferenças estão sendo formados para poderem dar uma educação de qualidade mais que, no entanto não interfira duramente nas tradições mais arraigadas.

A UEA está preparando uma turma de pedagogia indígena, num curso que tem a duração de cinco anos e como parte das atividades envolvidas na formação dos acadêmicos promoveu nesta manhã do dia 18 de fevereiro de 2010, o I PAINEL DE MESA sob o tema “Educação Indígena e Educação Escolar Indígena”, das 9:00 h até as 11:00 h, no Auditório da Ufam, com autoridades da área fazendo as apresentações das temáticas envolvidas.

Presentes dirigindo as discussões estavam: Valdemir Parintintin, Coordenador Regional da Funai (Fundação Nacional do Índio ), Antonio Tenharim. Coordenador do Ensino Indígena no município, Francisca Batista Marinho, Representante da Opipam (Organização dos Povos Indígenas Parintintin).

Como informações relevantes apresentadas no trabalho estão à formação de uma integrante da etnia tenharim, Dilma Tenharim, que está fazendo medicina em Cuba e logo estará de volta para auxiliar sua comunidade; a citação de como era a educação feita por pessoas alheias aos costumes locais e que por isso não conseguiam ficar mais de um mês nas comunidades e que agora com professores da própria etnia o quadro foi revertido, havendo muitos que entraram até na universidade, demonstrando que um novo tempo está surgindo para estes povos da floresta; a introdução da informática nas aldeias com auxiliares que ensinam os nativos, fazendo-os cidadãos do mundo e muitas outras realizações.

No decorrer das apresentações foi oferecido um típico café regional, com muito açaí, pupunha, tapioca e sucos diversos. Após o encerramento índios da etnia Parintintin fizeram uma apresentação de dança no pátio da Ufam( Universidade Federal do Amazonas)

Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com


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