Com o crescimento proporcionado pelas construções das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Giral todas no Rio Madeira, Porto Velho tem atingido um grande crescimento, para dar sustentação a todas as atividades que dão suporte as obras grandiosas uma grande quantidade de força humana é necessária, como o restante do país também está passando por um período de aquecimento, muitos trabalhadores de cidades próximas são atraídos a grandes pólos de desenvolvimento, pois por lá os salários são atrativos e permitem uma melhor condição humana: resultado, como Humaitá é próxima de Porto Velho, o sangue de sua gente movimentas as veias do progresso daquelas terras.
Todos os dias se podem ver gente indo embora, de caminhão, pequenos carros, ou de ônibus, eles partem a procura do que não têm em cidades como Humaitá. Por aqui a maioria das empresas não paga mais do que um salário mínimo e quem recebe o salário acha que tem grande benefício, pois outros nem isso recebem.
O setor público atualmente está com salários em dias, mas em há bem pouco tempo atrás a cerca de um ano e meio, funcionários públicos saiam às ruas reivindicando o pagamento dos salários que dificilmente eram pagos em dia. Com a lentidão das transações comerciais e o choro constante dos empresários o desânimo toma conta de uma grande parte da população que não vendo saída vai para os grandes centros engordar as sub-habitações e cair num ciclo interminável de busca de um status inatingível, porém pelo menos “sonhável”.
Para quem não é funcionário do governo, principalmente estadual e federal a vida em Humaitá e difícil, os moradores tem que se sujeitar a políticos que indicam vagas no setor público, se a pessoa contrariar alguma determinação de forma verbalizada, perde a oportunidade e vai paras as ruas com a mão na frente e outra atrás.
Com o tempo a cidade vai perdendo o que há de melhor e se quiser mudar ou paga mais ou amarga a paralisia da incompetência, o jeito de mudar-se o panorama sombrio de criação de cidade fantasma é a criação de novos postos de trabalho e a valorização de suas micro atividades.
Se nada for feito vai caminhão, vai carro pequeno, vai gente até de bicicleta fugindo da maldição do desemprego e desvalor, realidade sempre presente por estes lados.
Haroldo Ribeiro
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