Subir barranco com peso nas costas, sofrer com dores terríveis na coluna, trabalhar em condições subumanas, esta é a realidade do Porto de Humaitá que ainda funciona. Enquanto o outro terminal de cargas e passageiros não é liberado a imagem que é vista mais se parece com filmes do tempo do Jurassic Park, onde os dinossauros estão por todo lado.
Quando o nível do rio desce os trabalhadores sofrem mais ainda, eles são obrigados a trabalhar desta forma para poder levar um pouco de dignidade a suas famílias geralmente numerosas.
Em Humaitá não existem muitas opções de emprego, por isso quem tem um se sujeita as maiores humilhações para se manter empregado. Geralmente quem trabalha na iniciativa privada e ganha mais de um salário mínimo pode ser considerado um iluminado, pois o bico ou emprego de segunda é amplamente difundido e adotado.
Aos que resolvem trabalhar na Prefeitura tem que tomar cuidado, pois se não forem concursados terão que pisar em ovos, pois se alguém souber que eles são contrários aos reis do pedaço, então só resta uma saída “decapitação, expurgo e execração pública”, nesse cenário a opção é, esperar outra eleição e torcer para que se mudem os membros da corte imperial para, enfim tentar uma vaguinha de emprego de salário mínimo também.
Alguns ainda sonham com dias melhores, sabe-se porém que estes não virão das mãos dos políticos de plantão pois a prática usual desta gente é: “farinha pouca, meu pirão primeiro”
Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente com responsabilidade