No
Brasil "em se plantando tudo dá"
esta célebre frase de Caminha parece cada vez
mais próxima de se cumprir totalmente, já colhemos uvas, e isto há muito tempo,
maçãs não são problemas para nós e milhares de outras culturas que não são
originárias do país, agora chegou a vez da oliveira, isto mesmo, já produzimos
um excelente azeite em terras mineiras.
Esta
grande vitória deve-se a inteligência da agronomia brasileira, depois de
exaustivas pesquisas chegaram-se as plantas que mais se adaptaram ao solo
nacional, são pelo menos 37 variedades que se deram bem nas terras mineiras de
Maria da Fé com destaque para a grapollo para a extração de azeite e a ascolana
para a azeitona de mesa, alem das duas que mais tiveram adaptação ainda
encontra-se a JB e a Maria da Fé que são cruzamentos vitoriosos feitos no
Brasil.
A
agronomia brasileira luta por isto há pelo menos 40 anos e nesta sexta-feira,
20, deverá ter a sua primeira produção verdadeiramente industrial. A área
experimental produz cerca de 20 mil mudas por ano e usa a técnica de mudas
enxertadas, com isso a inteligência brasileira baixa de 10 anos a primeira
colheita para 4 anos, na Europa, um dos berços da produção de azeite no mundo obtém-se
o mesmo resultado só a partir do sétimo ano.
O
Brasil ainda é um consumidor acanhado do produto, por aqui cada brasileiro
consome 200 ml do produto por ano, na Grécia, um dos maiores exportadores do
mundo isto chega a casa dos 25 litros por habitante, calcula-se que dentro de
dez anos seremos totalmente independentes da importação vinda da Europa e de
vizinhos como a Argentina.
De
país importador de 100% do que consome, o Brasil pode se tornar, em uma década,
auto-suficiente na produção de azeitonas e de azeite. A empresa de pesquisa
Epamig. Empresa de Pesquisa Experimental de Minas Gerais chegou ao solo de
Maria da Fé como o ideal no país para a cultura depois de analisar seu solo,
mas principalmente seu clima, a oliveira precisa de pelo menos 12 dias por anos
com temperaturas abaixo dos 12 graus, o que Santa fé na Serra da Mantiqueira
provou ser propícia.
A
euforia já toma conta da população local que vê na cultura registrada na Bíblia
uma saída para o desenvolvimento da região, o produto que são das prensas é
valioso, por enquanto é freqüentador de feiras do gênero ou pode ser consumido
em restaurantes de luxo, por enquanto 250 ml do produto é vendido por 50 reais.
Diferente do vinho o azeite é melhor, quanto mais novo ele for, os que são
consumidos pela maioria da população muitas vezes chegam ao país um ano depois
de produzido. Maria da Fé já tem 60 mil pés plantados e já é um sucesso
tecnológico, agora que venha o azeite made in Brazil!
Haroldo Ribeiro
imagem: www1.folha.uol.com.br
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