Há uma reclamação da população em relação ao trabalho do Conselho na cidade. Para muitos o trabalho não está sendo feito, alguns alegam que não vêm o conselho trabalhando e não sabem de nenhuma grande ação que tenha sido feita pela instituição.
Quando procuramos os membros do Conselho Tutelar, ouvimos que eles não têm apoio da Prefeitura. Entre outras reclamações estão: não há telefone na sede; não tem internet; os veículos não passam por revisões constantes e por isso quebram constantemente.
Os salários pagos pela Prefeitura é o menor de todo o Estado, em Manaus os membros do Conselho chegam a ganhar até R$ 2.000 por mês, enquanto em Humaitá o salário pago não chega a R$ 600, pois os descontos consomem boa parte dos recursos, além de tudo os Conselheiros se revoltam pelo fato de que um aumento de apenas R$ 100 deu muita discussão na Câmara de Vereadores, alguns não queriam dar o aumento pra os Conselheiros, depois de muita luta é que conseguiram os míseros R$ 100 a mais.
Perguntados sobre algum parlamentar que os tenham ajudado, imediatamente foi lembrado o nome de Herivâneo Seixas que chegou a contribuir com R$ 2.500 de seu próprio bolso para a aquisição de veículo novo, como não foi concretizado o negócio, os valores foram devolvidos.
Ficamos sabendo também que as ajudas de custo que são pedidas para fazer as diligências chegam a demorar até dois meses para serem liberadas. Com todo o descaso público em relação à criança e aos adolescentes na cidade, os efeitos danosos são frequentemente sentidos em forma de consumo de bebidas alcoólicas pelos adolescentes, uso de drogas, espancamentos e outras mazelas sociais, numa interminável lista.
Um dos conselheiros nos contou que um dia para fazer uma diligência próxima à cidade, foi necessário que o avô desesperado com a situação da filha que espancava o próprio filho, fizesse a doação do combustível. Quando saíram com a moto sucateada do Conselho, houve uma quebra no caminho e eles tiveram que voltar sem realizar a ação.
Uma reclamação constante dos conselheiros municipais é que os que são eleitos não passam por treinamento e são obrigados a desempenhar as suas funções sem nenhum tipo de preparo anterior, além de todo este descaso com os adolescentes e crianças do município, ainda há falta de apoio psicológico aos atingidos pelos vários traumas que advêm de situações altamente constrangedoras a que são submetidos os adolescentes e crianças do município.
Se o poder público municipal não der o devido valor aos pequenos indefesos, que não tem título eleitoral para negociar poderemos conseguir tudo, menos a preparação para futuro algum.
Haroldo Ribeiro
www.amazontime.com
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